13 – DESCENDENTES DE CAETANO JOSÉ DE OLIVEIRA ROXO FILHO E MARIA HENRIQUETA NEUVILLE (MARIA CARDOSO ROXO)

As informações genealógicas descritas neste capítulo foram retiradas do Livro João Roxo e seus descendentes, que estão também em um Blog já citado.

Estes parentes eu não conheci nem tive ou tenho contato. Algumas fotos e histórias que vou publicar aqui são do acervo que “herdei” da Tia Ena.

Sei que estes irmãos abaixo eram muito unidos, preocupando-se uns com os outros, conforme cartas que tenho guardadas. Eles tinham também muito carinho pela Tia Deolinda, filha do primeiro casamento de sua mãe. Era chamada de Tia Maninha. Aliás, quando a conheci morando com a minha avó Júlia, elas se tratavam assim: uma chamava a outra de Maninha.

Com a morte do pai, em São Sebastião da Estrela, a mãe Maria foi para São Geraldo onde já morava a irmã Deolinda e a filha Júlia que se casara com Luiz da Motta. Em consequência os irmãos também foram pra São Geraldo, trabalharam por um tempo com Luiz da Motta que já era um grande exportador de café.

Creio que antes mesmo da falência da empresa, com a quebra do café, eles começaram a procurar outros rumos.

Filhos de Caetano do 2º casamento. (com MARIA HENRIQUETA NEUVILLE) :  5 Filhos

I – 4 = ANTONIO DE OLIVEIRA ROXO “Nininha”

I – 5 = CAETANO DE OLIVEIRA ROXO “Néo”

I – 6 = CESARIO DE OLIVEIRA ROXO

I – 7 = JÚLIA DE OLIVEIRA ROXO “Jujú”

I – 8 = JOÃO D’OLIVEIRA ROXO “Jota”

abaixo discriminados :

I – 4 = ANTONIO DE OLIVEIRA ROXO  “Nininha”

tio nininha

Falecido em Morrinhos GO. aprox.1932

Casado com Edith Roma, nasc.em Recife-PB. de família de políticos ; seu pai foi Governador de Fernando de Noronha por volta de 1920, tiveram 5 filhos:

II – 1 = GUILHERME ROMA ROXO

II – 2 = EDNA ROMA ROXO

II – 3 = MARIINHA ROMA ROXO

II – 4 = WALDEMAR ROMA ROXO

Pai de:

III – 1 = ROGERIO ROXO”

Residente em Santos-SP.

II – 5 = ANTONIO ROMA ROXO

joao filho nininha

Antonio Roma Roxo

Carta de Antonio Roma Roxo, filho de Nininha, para a Tia Deolinda

Recife

Recife 1

Recife, 17-11-1936

Minha querida madrinha a benção

É com o coração cheio de saudades que escrevo estas poucas linhas para dar sd nossas notícias que graças a Deus são boas.

Nós aqui vamos passando bem, só a Mamãe é que tem passado mal com umas dores.

Como vai a minha amada madrinha, bem, não é? Recife está em festa com a chegada da Caravana Sulista que está aqui desde dia 13 deste, festas, paradas e banquetes e a cantora BIDU SAYÃO que está trabalhando no Santa Isabel.

Como vão o pessoal de Tia Juju, abraços a todos, Ena já deve estar uma linda moça. Não temos tido notícias de São Paulo, peço mandar o endereço deles para eu escrever a eles.

Quais as novidades do nosso querido São Geraldo, cada vez mais lindo, como vai a boa D. Victória e Waldemar e família, abraços a eles. Chico Braga como vai?

Tenho a grande honra de participar o meu noivado com a Senhorita Candida da Silva Ramos no dia 16 de outubro deste ano, depois eu mandarei a minha fotografia e a dela. É pobre mas muito trabalhadeira é formada em Comércio e diploma pela Escola Doméstica.

Querida Madrinha peço que a senhora venha passar uns meses aqui com nós pois Recife é lindo. Eu graças a Deus vou bem nas Docas.

Beijos a todos de todos de seu afilhado que lhe ama de coração.

Antonio Roma Roxo

Espero a resposta desta sem falta. Para Rua E n. 7 Vila Popular Arrayal Recife

Segundo as histórias da Tia Ena, Antonio de Oliveira Roxo era chamado de Nininha, foi trabalhar como telegrafista em Fernando de Noronha e lá conheceu Edith com quem se casou. Ela era filha do governador de Fernando de Noronha.

Carta de Antonio de Oliveira Roxo e Edna Roma Roxo para  Deolinda Cardoso, ele pede notícias e conta que viajou com o Tio Neneo pelo sertão.

carta-recife

 

carta-recife1

Observação: Deolinda Cardoso era irmã por parte de mãe de Júlia Roxo da Motta. Elas, as irmãs, se tratavam como Maninha e os sobrinhos mantiveram este hábito. Mais tarde, nós, os netos, nos referíamos à Deolinda como Vovó-titia

Minha saudosa Maninha

Qual o motivo deste silencio? Que ha quase um mez que não temos carta dahi, ha ultima foi que D. Maria fez a Roxo, ella ja me deve resposta de 2 ti fiz uma enorme não recebestes?

Escrevemos ao Waldemar dia 5 e Edna ha Maud e Lia e não obtivemos resposta que estamos bastante afflitos sem sabermos o motivo desta grande falta de notícias. Nossa maesinha está doente? Você está peior dos olhos? Emfim minha bôa Maninha o que ha?

Aqui vamos indo sem novidades Eila e Tony ja ficaram bons da catapora. Tony ficou com algumas marcas, esta numa trela medonha fazendo perna com os outros que estão fortes Geca satisfeita no Grupo já sabe recitar. elles muito beijam a todos e pedem a benção. Vendestes muitos bilhetes? Ja começaram o serviço da casa? Ficaram ahi mesmo? Paulo porque não veio mais Roxo e Cezario dizem sempre que elle fica rico em poucos mezes trabalhando aqui e dando umas viagens com Roxo pelo sertão pois lá chamam Roxo de doutor elle bem podia vir aventurar não achas?

Os de São Paulo vão bem sempre tenho notícias pelo Cezario e os delle vão bem. Como vai a Juju e os della? Abraços a todos assim como D. Fernandina Victoria e os do Henrique. Roxo partiu dia 10 mas voltou que o carro quebrou e voltou hoje para o norte de Goyaz foi muito nervoso por falta de notícias de D. Maria, me escrevas logo para mandar noticias a elle.

Tutinha não recebeu minha segunda  carta? abraços a ella e Waldemar beijos as meninas. Como vai Magdala? Mimosa não é? Abraços a todos de pessoal do Recife. Adeus aceite com todos os nossos abraços de cunhada e comadre que lhe estima.

Lembranças a Geralda e a quem perguntar por mim.

 

fernado noronha

Noronha

Time de futebol em Fernando de Noronha

edna

Edna Roma Roxo

guilherme filho de nininha

Guilherme Roma Roxo

guilherme e edith

Guilherme e Edna Roma Roxo

guilherme

Guilherme Roma Roxo

I – 5 = CAETANO DE OLIVEIRA ROXO   “Néo”

Nascido em Alem Parahiba MG. em 1893 . Foi Guarda-livros, faleceu em S.Paulo-SP. a 27-01-1937  aos 44 anos, de Tuberculose pulmonar .Foi sepultado no Cemitério de Santana. Casado com Ila Mascarenhas, nasc. a 26-02-1897, em Astolfo Dutra, Municipio de Cataguazes-MG. Filha de João Mascarenhas e Jovelina Almeida.  Falecida em 17-08-1967, em Santos-SP. Viuva aos 40 anos, lutou para educar seus filhos, os filhos homens foram para o Seminário.

carta Neo

Carta de Neo e Illa para a irmã Júlia

Maninha,

Nossos abraços

Ontem escrevi a Mamãe e estava querendo também escrever a Maninha para mandar uma cópia da carta que escrevi ao Ninninha, para no caso de estar de acordo, escrever também animando-o para vir para Minas. A tal remoção, com ele aqui, é muito mais fácil e assim como estão tratando é uma coisa humanamente impossível e muito especialmente porque nenhum de nós, e creio o próprio Nininha sabe a que repartição pertence. Se não conseguir a transfer~encia com relativa facilidade havemos de arranjar outra qualquer coisa, não acha Maninha?

Como vai o seu Hotel? Isso vai ficar mais animado com a ida da Mamãe. Estou com vontade de dar um pulo até ai mas…bem desanimado porque o serviços não está para brincadeira.

Maninha que tal achou o negócio do Cesário? Pelo que ele explica, parece muito bom e Deus permita que assim seja. Fiquei satisfeito porque ele disse que mamãe também achou bom.

Aqui vai correndo tudo bem, felizmente a Ila está passando regularmente. A Nice está muito assanhada e conversa o dia todo. A Maninha vai animando a Mamãe para dar um passeio aqui, conforme eu mandei dizer. Será bom para se distrair um pouco e nós também ficaremos bem satisfeitos.

O Luiz da Motta deve estar afobadíssimo com o preço do café a 27$000 a arroba! Por aqui está uma animação extraordinária.

Lembranças a todos e abraços dos irmãos

Neo e Illa

carta irmão

Carta de Neo ao  irmão Nininha (Caetano de Oliveira Roxo)

24 de junho de 1919

Caros irmãos

Com certeza vocês vão ficar muito admirados recebendo esta carta porque não nos escrevem há muito tempo e por isso não podem estar esperando resposta. Em todo caso, resolvemos escrever para convidá-los, com todo o interesse, para virem definitivamente para Minas e para isso, vai em anxo, o cheque no. 14006 de 1:500$000 s/ o Banco do Brasil, aí em Recife, sendo esse dinheiro para auxiliar as despesas de viagem etc.

Não temos nada arranjado aqui para vcs porém não nos parece muito difícil conseguir um emprego mesmo modesto. Tudo por aqui está em progresso e portanto nós nos encorajamos bastante para fazer este convite na esperança de arranjar, com auxílio dos outros irmãos e do Luiz da Motta, qualquer cousa para começar. Ultimamente o Jota arranjou o emprego em que está agora e hoje aqui esteve o Cesário que veio despedir-se porque vai para Uberaba ocupar o lugar de Agente de uma firma com 2 mil contos de Capital. Ele terá 400$000 de ordenado fixo e 20% sobre os lucros. Parece e temos quase certeza, é um bom negócio.

Além disso, a Mamãe vive apreensiva por causa de vocês estarem tão longe e principalmente por ler nos jornais as constantes notícias de epidemias etc. Assim, parece-nos que não sendo possível a remoção que tanto temos pedido, que o Dr. Mello Franco prometeu certo, que o Arthur Bernardes também prometeu, devem largar esse serviço, com licença temporária, o mais breve possível, e tocar para Minas. Aqui trataremos depois de efetivar a remoção ou começar com outra coisa.

Isto que estamos dizendo é com a máxima franqueza e portanto com a sinceridade de irmãos e estamos certos que a resposta virá marcando o dia do embarque, nome do vapor etc. Aqui em casa, apesar da casa não ser muito grande, temos um bom quarto, cama de casal etc. A mesa da Boia, de Mineiro, é farta, graças a Deus.

Diante disso, toquem a viajar para Ana Florencia com escala em São Geraldo. Sobre o dinheiro, mais tarde combinaremos.

O Jota vai muito bem e Luiz da Motta muito alegre com o café a 24$000 a arroba e mais uma filha, a senhorita Lia. Aqui vamos bem. A nossa filhinha bem esperta e conversada e se vocês vierem até aqui, ainda ficará melhor em companhia dos priminhos. Como vão vocês? E a criançada? São 3, 4 ou mais?

Enviamos beijos aos sobrinhos e abraços apertados aos irmãos.

Em tempo: Logo que esta carta chegar, pedimos um telegrama avisando. O telegrama deve vir para a estação de Anna Florencia e as cartas para a cidade de Ponte Nova onde temos correio etc.

pais de  8 filhos:

II – 1 = NICE MASCARENHAS ROXO

II – 2 = JORGE MASCARENHAS ROXO

II – 3 = CAETANO ROXO FILHO

II – 4 = BENVINDA MASCARENHAS ROXO

II – 5 = ROBERTO MASCARENHAS ROXO

II – 6 = JOÃO CARLOS MASCARENHAS ROXO

II – 7 = PAULO MASCARENHAS ROXO

II – 8 = GERALDO MASCARENHAS ROXO

abaixo discriminados:

II – 1 = NICE MASCARENHAS ROXO

faleceu solteira

II – 2 = JORGE  MASCARENHAS ROXO

Residente em Santos, falecido em 1997

Casado com  Erminda Fermi

Pais de:

III – 1 = ILA MARIA ROXO

Nascida a 02-03-1948

Estudou no Colégio Imaculada Conceição, no Rio de Janeiro e Colégio S.José

Casada com o Dr. Antonio Barja

Pais de:

IV – 1 = PAULO ROXO BARJA

Físico. Doutor em Bioquímica.

Nascido em São José dos Campos.

IV – 2 = SILVIA ROXO BARJA

Advogada. Casada com o Dr. Galante

II – 3 = CAETANO ROXO FILHO

Nascido a  27-04-1921, em Ponte Nova-MG. faleceu em Santos-SP. a 15-03-1955.

Faleceu aos 34 anos de idade, na 1º explosão da Refinaria de Petróleo Pres. Bernardes em Cubatão-SP. ocorrida em 15-03-1955. Naquela oportunidade foi considerado pelo Presidente da Republica como Herói, pois graças a sua atuação evitou-se que todos os depósitos de petróleo e combustíveis já refinados explodissem, com conseqüências imprevisíveis à população da  cidade de Cubatão

Casado com Lourdes Cerredelo Franco, nasc. em Santos a 22-02-1927, filha de Rafael Cerredelo Franco e Pura Otero Rodrigues.(originais de Orense e Rioz na Espanha)

pais de 2 filhos:

III – 1 = SERGIO CERREDELO ROXO

Militar, (Tenente -Coronel do Exercito Brasileiro) Reside em S.Paulo-SP.

Nascido a 20-01-1951, em Santos-SP. Casado em 1ª núpcias , a 17-10-1973 em S.Paulo, com Denise de Georgean Vieira, professôra de Física e Matemática.

Casado em 2ª núpcias, a 30-06-1988 em Brasília DF. com Valquiria Aparecida de Oliveira, (nasc. a 13-03-1963 em S.Paulo-SP. ) filha de Luiz Antonio Mendes de Oliveira e Luzia Saviolli .

pais do 1º casamento = 2 filhos:

IV – 1 = DESIRÉE DE GEORGEAN VIEIRA ROXO

Advogada trabalhista e civil. Nascida a  31-07-1977, em Resende .

IV – 2 = MARCELO DE GEORGEAN VIEIRA ROXO

Estuda Mecatrônica na Fac. Mauá de Engenharia. Nascido a 24-05-1983, em S.Paulo  SP.

pais do 2º casamento: = 1 filho :

IV – 3 = SERGIO LUIZ DE OLIVEIRA ROXO

Nascido a 13-08-1990 , em Brasília-DF.

III – 2 = NICE CERREDELO ROXO

Nascida em 15-01-1953.

Casada com Oswaldo Garcia Vital da Silva, nascido a 22-09-1957. Pai de:

IV – 1 = PRISCILA ROXO VITAL DA SILVA

Nascida a 27-03-1983

Casada com Danilo André Stenilo.

IV – 2 = CAROLINA ROXO VITAL DA SILVA

Nascida a 01-10-1986.

II – 4 = BENVINDA MASCARENHAS ROXO

faleceu na infância, nasceu em São Geraldo e está sepultada lá

II – 5 = ROBERTO MASCARENHAS ROXO

Monsenhor, Doutor Nascido a 01-07-1925 em S.Geraldo-MG. Falecido em S.Paulo a 16-06-2007

Formação  Eclesiástica : Triênio de Filosofia no Seminário Central do Ipiranga SP. 1943/1945

Licenciatura em Teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana  de Roma  1946/1950 .

Doutoramento em Teologia na Pontifícia universidade Gregoriana de Roma  1951/1952

Formação Civil: Licenciatura em Filosofia pela Univ.de Mogi das Cruzes  1969/1970

Licenciatura em Pedagogia na FAI ,S.Paulo  1976/1977

Pós -Graduação em História na USP. S.Paulo 1973/1975

Doutoramento em História pela USP. de S.Paulo  1976

Professor de História da Filosofia Antiga e Teodicéia .Parecer 43/71 do C.F.Educação

Professor de História e História do Brasil .Parecer 1987/77 do Cons.Fed.de Educação

Professor Titular de Historia de Filosofia Antiga da Fac.Ass.Ipiranga. S.Paulo

Professor de Historia Geral nos cursos de Historia  e Est.Sociais da FAI. S.Paulo

Perito do Concilio Vaticano  II

Membro da Comissão Internacional de Teologia de 1969 a 1974

Publicações:

Teologia do Cosmo – Ed. Vozes – 1955

O Concilio, Teologia e Renovação – Ed. Vozes – 1967

Teologia de Cristo – Ed. AM. 1963

O Senhor e a História Ed. Vozes – 1969

Os Religiosos no Senhor e na Igreja – Ed. Herder – 1969

Crescete e Moltiplicaveti – Jaca Book – Milano – 1968

Liberacion – Ed. Celam – Bogotá – 1974

Presente Critico da Igreja – Ed. Paulinas – 1978

Numerosos artigos em Teologia , em Dialogo e na Revista Eclesiastica Brasileira .

II – 6 = JOÃO CARLOS MASCARENHAS ROXO

Aeroviário. Economista. Aposentado. Recebeu o título de Cidadão Carioca Honorário da Assembléia Legialativa do Estado. Trabalhou por 45 anos na Aviação Civil Norte Americana. Especialista em Planejamento Orçamentário e Controle de Custos. Implementou o Sistema Contabil e Financeiro em 34 países em 5 Continentes.

Nascido a 27-02-1927 , em São Geraldo-MG.

Casado  a 07-11-1953, no Rio de Janeiro-RJ. com Maria Dolores del Pino, psicóloga, nascida em Madrid-Espanha  a 25-07-1933, filha de Gregorio Del Pino Diaz e Paula del Pino Vargas.

Complementando estas informações, encontrei o falecimento de sua esposa nos Estados Unidos onde eles viveram

https://www.legacy.com/us/obituaries/atlanta/name/maria-roxo-obituary?pid=163652181

Notificação de óbito declarado pela família

ROXO, Maria Maria Dolores “Lolita” Roxo, 79, de Marietta, GA, faleceu em 13 de março de 2013. Ela nasceu em Madrid, Espanha e era filha de Gregorio del Pino Diaz e Paula Vargas Rodriguez. A família mudou-se para o Brasil no início dos anos 1950. Lolita formou-se em psicologia pela Universidade Gama Filho no Rio de Janeiro, Brasil. Como católica devota, ela era muito ativa em sua comunidade e todos que a conheciam a amavam. Ela era uma mulher carismática com um sorriso caloroso. Amante dos animais desde tenra idade, ela cuidou de todas as criaturas vivas. Com atenção aos detalhes, seu talento artístico variava da restauração de esculturas à criação de belas pinturas. Ela era altruísta, atenciosa e sempre pronta para dar uma mãozinha. Lolita deixa seu marido, João Carlos Mascarenhas Roxo, seus filhos Ana Maria Roxo, Carlos del Pino Roxo e Carmen Davenport. Ela também deixa sete netos. Os serviços fúnebres serão realizados na Igreja Católica de St. Ann na segunda-feira, 18 de março, às 11h, com a oficiante do Padre Gabe. HM Patterson e Son Canton Hill Chapel encarregados dos arranjos.
Publicado por Atlanta Journal-Constitution em 16 de março de 2013.

pais de 3 filhos:

III – 1 = CARLOS DEL PINO ROXO

Médico. Cirurgião Plástico. Formado em 1978. Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Preceptor de residência médica do Hospital de Andaraí-RJ. Chefe do Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora do mesmo Hospital.

Nascido a 22-08-1954 , no Rio de Janeiro-RJ.

Casado a 25-07-1980 no RJ. com Claudia Regina Weck ,nasc. a 19-02-1962 no RJ. Filha de Curt Weck e Regina Aghata Calamari. Médica gineco-obstetra, diplomada pela Escola de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro. Professora assistente de Ginecologia e Obstetrícia da UNI-RIO. Título de especialista em Ultra-Sonografia, Colposcopia e Patologia do Trato Genital Interior. Professora do Curso de Pós-graduação da FIO-CRUZ em Cirurgia Video Laparoscópica e Video Histeroscópica Ginecológica.

pais de 2 flhos:

IV – 1 = ANA CLAUDIA WECK ROXO

Médica-Cirurgiã Plástica da Universidade Nacional de Estado do Rio de Janeiro. Nascida a 24-07-1981 no Rio de Janeiro-RJ.

IV – 2 = CARLOS WECK ROXO

Médico- Cirurgião Geral. Especializado em Cirurgia-Plástica pela UERJ.

Nascido a  19-06-1986, no Rio de Janeiro-RJ.

III – 2 = ANA MARIA DEL PINO ROXO

Médica, pela Universidade Gama Filho do Rio de Janeiro.

Reside  na cidade de Marietta, no Estado da Georgia-U.S.A., onde exerce a especialidade de Médica-anestesiologista.

Nascida a 18-10-1957, no Rio de Janeiro-RJ.

Casada em 1ª núpcias com Sergio de Oliveira Melo, nascido a 15-07-1952 em Recife PE., filho de Quilênio de Oliveira Melo e Julietta de Oliveira Melo . Casada em 2ª núpcias com o médico e cidadão americano Sanjay A. Bhansali, nascido em 17-12-1957 em Bombay, India, filho de Atmaram Bhansali e Panna Bhansali . Tem 3 filhos, sendo 1 do 1º matrimonio e 2 do 2º

IV – 1 = JULIANA ROXO OLIVEIRA MELO

Bacharel em Genética pela Universidade da Geórgia em Athens-USA.

Nascida em 02-03-1980, no Rio de Janeiro-RJ.

IV – 2 = ALESSANDRA ROXO BHANSALI

Nascida a 02-07-1991 , em Detroit , Michigan-USA

IV – 3 = ANTHONY ROXO BHANSALI

Nascido a 22-12-1992 , em Augusta , Georgia-USA.

III – 3 = CARMEN DEL PINO ROXO

Nascida a 21-07-1959, no Rio de Janeiro-RJ.

Casada em 1ªs núpcias com Fernando Stern, nascido a 22-04-1957 no Rio de Janeiro, filho de Paulo Odebrecht Stern e Duília Telles.

Em segundas núpcias com Marcos Renato dos Santos Silva, filho de Abílio dos Santos Silva e Nazareth dos Santos Silva. Tem um filho do 1º e uma filha do 2º matrimonio:

IV – 1 = LEONARDO ROXO STERN

Aluno de Engenharia Elétrica na Universidade  Estadual do R. de Janeiro.(UERJ)

Membro-Secretário do Inter-PSI, grupo de estudos sediado na Pontifícia Univer-sidade Católica de S.Paulo (PUC-SP). Membro do Grupo de Hidrologia e Plane-jamento de Recursos Hídricos (GHRIP-RH) da Univ. Est. Do RJ.

Associated Mamber of Parapsychological Association, Nova York-EUA.

Nascido a 10-05-1981 no Rio de Janeiro-RJ.

IV – 2 = PAULA RENATA DEL PINO ROXO SILVA

Nascida a 23-03-1993 no Rio de Janeiro-RJ.

II – 7 = PAULO (ANTONINO)  MASCARENHAS ROXO

Bispo de Mogi das Cruzes. Lema: Ficai conosco, Senhor. Nomeado a 07-12-1989.

Nascido a 12-06-1928 em São Geraldo-MG.

Estudos: 1º grau: Grupo Escolar “Romão Puigari”em São Paulo (1936-1939).Seminário Pre-paratório, São Paulo(1940). 2º grau:Seminário Menor Metropolitano de Pirapora-SP (1941-1946).

Filosofia: Priorado Premontratense, Jaú-SP. (1947-1949). Teologia: Priorado Premontratense, Jaú-SP (1950-1952). Especialização : Licença em Teologia pela Universidade Gregoriana de Roma-Italia,(1952-19565). Doutoramento: Doutor em Teologia Bíblica pela Gregoriana de Roma, (1966-1978), Doutor em Teologia pela Faculdade de Teologia Assunção de São Paulo-SP (1957). Foi Prior do Priorado Premontratense. Responsável pela Pastoral Familiar na Regi-onal Sul I.

NOTA: Ele esteve em São Geraldo para uma festa da igreja, não me lembro a data, mas foi depois de 1973, pois eu já não morava lá.

Tia Ena tinha muitas fotos da família, tentei falar com ele pelo telefone para perguntar se queria as fotos mas não consegui. Guardamos separadas e elas se perderam depois do falecimento da Tia Ena.

 

II – 8 = GERALDO MASCARENHAS ROXO

Nascido a 13-10-1932, em S.Paulo-SP. Cursou o Seminário Menor de Pirapora.

Casado  com  Sylvia Alves Rayol, filha de José Rayol e Maria Alves

pais de:

III – 1 = LUIZ CARLOS RAYOL ROXO

Portuário. Nascido a 19-08-1951, no Rio de Janeiro-RJ.

Casado a  06-03-1976, em S.Vicente-SP. com Neide Tavares, nascida a 16-02-1951,em Su-sano-SP filha de Joaquim Tavares e Neuza Lopes

pais de:

IV – 1 = LUIZ CARLOS TAVARES ROXO

Nascido a 13-06-1977, em Santos-SP. Foi Diretor-Social do Jockey Club de Belo Horozonte.

IV – 2 = FATIMA MARIA TAVARES ROXO

Nascida a 13-05-1980, em Santos-SP.

III – 2 = JOSÉ ROMERO RAYOL ROXO

Investigador  do Grupo de Operações Especiais (GOE)

Nascido a 23-03-1953, no Rio de Janeiro-RJ.

Casado com

pais de:

IV – 1 = FERNANDA DIAS ROXO

Médica. Nascida a  07-03-1978, em Santos-SP.

IV – 2 = ANTONIO ROMERO DIAS ROXO

Policial

Nascido a 15-09-1979, em Santos-SP.

I – 6 = CESARIO DE OLIVEIRA ROXO

Cesario e Pituta

Cesário e Maria Martins (Pituta)

Farmacêutico em São Geraldo-MG. ; faleceu em Uberaba-MG.  Produziu e comercializou o fortificante “Ferro Roxo “. Fundador e 1º Diretor a Ass. Com e Ind. de Uberaba, de 1923 a 1927. Casado com Maria Martins,  nascida em Pirapitinga-MG.

tiveram apenas 1 filho:

II – 1 = NICOLAU DE OLIVEIRA ROXO

Estudante da Faculdade de Direito da Universidade de Minas Gerais em 1935. Como funcionário do Ministério do Trabalho em Belo Horizonte, foi transferido para S.Paulo a 14-10-1934. Transferiu-se para a Faculdade de Direito do Largo São Francisco em 1935 no 4º ano do curso, faleceu em 06-04-1936, solteiro.

Nicolau criança

Nicolau

Nicolau 1922

Nicolau

Nicolau

Nicolau filho Cesario

Nicolau

nicolau para deolinda 1

nicolau para deolinda

Esta carta Nicolau escreveu para Tia Deolinda, que eles chamavam Tia Maninha. Tenho muitas cartas de várias pessoas guardadas, mas achei esta tão interessante que resolvi reproduzir. Vou escrever na ortografia moderna.

Bauru, 28/agosto/1935

Saudosa Tia Maninha,

Tenho em mãos sua carta de 13 do corrente. Recebi-a com um certo atraso, pois tenho estado em Baurú desde 12 último à serviço da Inspetoria. Vim providenciar a abertura do Sindicato dos Ferroviários da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, fechado por ocasião do fechamento da Aliança Nacional Libertadora.

Para casa mesmo, pouco tenho escrito. Por essa razão, peço a Sra. não estranhe muito a falta de notícias minhas.

O serviço na Inspetoria ultimamente aumentou 100% e apesar de ter agora dois auxiliares, não consigo por em dia, isto é, informar devidamente todos os precessos que estão a minha mesa.

Essa circunstância está agora agravada com os dias que tenho faltado por estar prestando serviço extra aqui em Bauru. Tive oportunidade de ver, nos dias que fui a São Paulo, o nervosismo do meu chefe pela falta de funcionários.

Há dias recebi aqui uma carta do Papai. Está bem. Comunicou-me ele que foi vendido o prédio onde se acha instalado o hotel, para o Jockey Club. Creio assim e espero mesmo que brevemente terá de abandonar o negócio. Os lucros não têm aparecido e o seu movimento tem sido pequeno.

Não sei se a senhora já teve ocasião de ouvir referências sobre Bauru. Em todo caso, aqui vão alguns informes:

A cidade está situada na confluência de três grandes linhas férreas:  a Noroeste (ponto inicial), Paulista e Sorocabana. Para mim é uma das melhores do interior paulista, possui grandes oficinas da Noroeste, grandes máquinas para beneficiamento de algodão, etc. e “pequenas” muito bem aparentadas.

Creio que voltarei para São Paulo casado, ou pelo menos “quase” casado. É que (pondo de lado a modéstia) tenho sido disputadíssimo nos meios femininos baruerenses, onde sou conhecido como mineiros, mas como carioca. Assim são ótimas as impressões que tenho da cidade.

Tudo isso entretanto é conversa fiada e não interessa à Sra.

Portanto, vamos a assuntos mais sérios.

Como vai o Diniz? Já sarou? E a Maud, com as ilustres amiguinhas da Escola Ana Nery, como vai?

Em São Paulo, a não ser o Tio Jota, que deixou de trabalhar para o celebérrimo Fausto Paes de Almeida, nenhuma novidade; verdade é que já fazem bastantes dias que não vou na tia Ila. Mas todos vão bem, do contrário teriam me comunicado.

Estou agora com tenções de abrir um escritório para tratar de assuntos relativos às leis do trabalho. Em São Paulo, apesar do povo ser muito “inteligente”, ninguém conhece a legislação social em vigor. Com esse escritório espero ganhar uns bons cobres. Para tanto convidei o Tio Jota, que não tem emprego fixo atualmente, para tomar conta durante o dia, nas horas em que eu estiver trabalhando na Inspetoria.

Creio que para ele será um bom negócio, dado as possibilidades de boas rendas, e independência absoluta. O principal agora é conseguir um pequeno capital, uns 500$000, para a compra de uma máquina de escrever, um bureau, um pequeno armário, etc…Esse dinheiro porém espero conseguir dentro de poucos dias. Vou também alugar uma sala na Rua Direita ou de São Bento, de 150$000 por mês.

No princípio a renda será pequena, por não ser conhecido o escritório. Depois, entretanto, quando distribuir as circulares, que estou organizando, aos poucos o serviço aparecerá.

Terminaram aqui as minhas notícias.

Espero que a Sra. Desculpe a infame máquina que ora me ajuda. Está mesmo boa para se atirar fora. Igual eu não quereria nem de graça.

Enviando lembranças a todos, pede-lhe a benção o sobrinho Nicolau

De Cesário, temos mais informações: Teve farmácia em várias cidades, inclusive em São Geraldo.

cesario 3

Cesário de Oliveira Roxo

farmacia em SG

Farmácia em São Geraldo

Farmácia do Cesário

Farmácia em Itaúna

Pituta mulher de cesario

Pituta, mulher de Cesário

Cesario Itauna

Casa de Cesário em Itauna

cesario uberaba

Cesário em Uberaba

brinde da farmácia

Publicado no jornal em Juiz de Fora

I – 7 = JULIA DE OLIVEIRA ROXO  “Jujú”

Nascida a 1886, em Juiz de Fora-MG.

Casada com o  Cel. Luiz Ferreira da Motta nasc.a 1868 em S.Geraldo MG. , filho de Luiz Manoel da Motta e Flavia Bibiana de Jesus

As informações sobre ela, nossa avó, serão dadas no próximo capítulo

I – 8 = JOÃO D’OLIVEIRA ROXO   “Jota”

Nascido a  05-04-1885 em  Chapéu  Duvas -MG.

Faleceu a  22-01-1936 em S.Paulo SP.  Sepultado no Cemitério do Imirim Guarda -Livros , trabalhou como ferroviário sendo chefe em diversas Estações Ferroviárias .

Certidão de casamento enviada pela neta Luzia Roxo Pimentel

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Casado com Leontina de Campos “ Sinhá”, nascido em Recreio-MG. a 07-09-1890 e falecida em  S.Paulo-SP. a 15- 08-1971, sepultada no Cemitério do Imirim.

tiveram 4 filhos:

Jota e Juju

Cartão do Jota para sua meia irmã Deolinda

São Sebastião da Estrela

15 de dezembro de 1901

São Sebastião da Estrela

Cumprimenta a sua boa irmã e lhe deseja boas festas que quanto por cá estão todos bons graças a Deus o mesmo a todos daí, ai vai uns selos de festas para o Cardoso, eu vou bem com o patrão, desculpe não poder dar festas melhor e no mais até um dia e receba um apertado abraço e lembranças deste seu irmão sempre as ordens. Jota

Tio João manda perguntar se o Cardoso recebeu uma carta dele.

(Este cartão confirma que a carta de João Gonçalves d’Oliveira Roxo para José Cardoso é mesmo do Tio João Oliveira Roxo, irmão de Caetano José de Oliveira Roxo Filho)

II – 1 = MARIA DE CAMPOS ROXO

II – 2 = BRANCA DE CAMPOS ROXO

II – 3 = HILKA DE CAMPOS ROXO

II – 4 = JOSÉ DE CAMPOS ROXO

abaixo discriminados:

II – 1 = MARIA DE CAMPOS ROXO  “Filinha”

Professora, pela Escola Normal do Colégio Stella Matutina de Juiz de Fora-MG. onde fez o curso como interna. Exerceu a Profissão .

Nascida em Ponte Nova-MG.  a 17-01-1910. Falecida a 14-02-1997.

Filhinha filhas de jota

Maria de Campos Roxo (Filhinha) e Branca de Campos Roxo (Cruzita)

II – 2 = BRANCA DE CAMPOS ROXO  “Cruzita”

Professora , pelo Instituto de Educação Caetano de Campos ,turma de 1932

Exerceu o Magistério, iniciando sua carreira como professora Rural em Terra Roxa na Fazenda Itaporã. Aposentou-se após 32 anos de serviço .

Nascida em Cajurí-MG. a 03-05-1912

cruzita e ilka

Maria de Campos Roxo (Filhinha),Branca de Campos Roxo (Cruzita), Hilka de Campos Roxo

Casada com Clodovil de Souza Pimentel, Engenheiro Agrimensor, Falecido em 04-02-1994

tem 1 filha:

III – 1 = LUZIA ROXO PIMENTEL

Jornalista pela Fac. de Com. Social Casper Líbero. Pós graduada em Administração de Empresas pela Fund.Getulio Vargas . Mestrado em Ciência da Comunicação  pela Casper Libero. Cursou Comunicação para Agricultura no Royal Agricultural College , Inglaterra. Perspectivas da Economia na University of New England da Australia . Investimentos em Commodities na Bolsa de Merc. de SP. Foi editora da Revista Balde Branco,  Bis ,  Revista do Transportador, Revista dos Criadores, Dinheiro Vivo , A Granja , Revista Via Expressa Redatora Técnica da Consist Consultoria de Sistemas .

Redatora  eventual dos Jornais : O Estado de São Paulo – Jornal da Tarde – Radio Eldorado e Agência Estado. Tradutora de inúmeros livros.

Trabalhou como Correspondente para América Latina da  The Royal Agricultural Society of England. Nascida em S.Paulo a 13-12-1943

II – 3 = HILKA DE CAMPOS ROXO

Professôra, pelo Instituto de Educação Caetano de Campos. Exerceu o Magistério, iniciando a carreira como Professora Rural. Aposentou-se após 30 anos de ensino e trabalho.

Nascida em Cajurí-MG., a 15-03-1914

Ilka

Hilka de Campos Roxo

II – 4 = JOSÉ DE CAMPOS ROXO

Professor, foi Diretor da Escola Senai por mais de 20 anos, tendo se aposentado neste cargo em 1983. Perdeu o pai quando tinha 11 anos de idade. Por intermédio do Bispo de Uberaba, seu padrinho Tio Cesário, conseguiu uma bolsa de estudos por quatro anos no Liceu Coração de Jesus onde fez o curso Ginasial .Participou da Congregação Mariana durante a juventude , o que lhe valeu um forte senso de responsabilidade, de moral e reta conduta, que transmitiu a toda sua família. Pertenceu ao Grupo de Escoteiros. Prestou Serviço Militar no Batalhão de Santana onde saiu como 3º Sargento. De vasta formação cultural, tinha como principal hobby a leitura, chegando a possuir mais de mil livros em sua biblioteca. Colecionou selos, moedas e antigüidades. Preservou documentos antigos da família,  permitindo aos autores deste livro elucidar fatos do nosso passado. Amante da natureza , adquiriu um sitio no Sul de Minas, onde auxiliado por seu filho, o Agrônomo João Luís, foi pioneiro no cultivo de maçãs nesta região.

Nascido em S.Geraldo MG. a 30-03-1925 , fal. em  São Paulo a  18-06-1986.

Cas. em São Paulo a 04-07-1950 com  Daicy Carchedi, nascida em S.Paulo a 07-01-1923, filha de Vicente Carchedi e Alpace Tozzini

pais de 7 filhos:

fotos de José de Campos Roxo

Jose c filho de jota

José Campos Roxo filho de Jota

jose

José de Campos Roxo

III – 1 = JOÃO VICENTE CARCHEDI ROXO

Engenheiro Metalurgista , pela Poli – USP. Nascido em São Paulo a 11-04-1951

Casado em S.Paulo a 9-07-1983 com Maria de Fatima A. Coutinho, nascida em Portugal a 15-03-1952 , filha de Armindo Coutinho e Maria Coutinho .

III – 2 = JOSÉ FRANCISCO CARCHEDI ROXO

Eng.Mecanico pela Universidade de Campinas , trabalha na  V.W.do Brasil

Nascido em São Paulo a 15-04-1953

Casado  a 15-05-1982 em S.Paulo com Mary Tereza Lopez Garcia, nascida em S.Paulo a 02-08-1959 , filha de Lucio Lopez Sanchez e Tereza Garcia Diaz

tem 3 filhos:

IV – 1 = PATRICIA DANIELLE LOPEZ ROXO

Nascida em S.Paulo a 25-06-1987

IV – 2 = VANESSA GABRIELLE LOPEZ ROXO

Nascida em S.Paulo a 19-06-1989

IV – 3 = FERNANDO FRANCISCO LOPEZ ROXO

Nascido em S.Paulo a 09-01-1991

III – 3 = JOSÉ ANTONIO CARCHEDI ROXO

Coordenador de Núcleo Educacional

Nascido em São Paulo a 12-09-1954

Casado a 03-03-1979 em Guaratingueta SP.com Maria Helena Kodel, nascida em Guaratingueta-SP a 05-02-1957, filha de José Kodel e Nair Cavalca

tem 3 filhos:

IV – 1 = DAICY CECILIA KODEL ROXO

Trabalhou na FORD com digitadora. Trabalha na Secretaría do Emprego e Relações do Trabalho.

  1. em Guaratinguetá-SP. a 11-04-1979.Cas. com Luiz Alberto Cabral da Silva.

Pais de:

V – 1 = JOÃO VICTOR ROXO CABRAL

Nascido a 12-04-2008.

IV – 2 = FELIPE TADEU KODEL ROXO

Nascido em S.Paulo-SP a 08-05-1981. Reside em Guaratinguetá.

IV – 3 = LUIS HENRIQUE KODEL ROXO

Nascido em S.Paulo-SP a 15-09-1987. Reside no Rio de Janeiro.

III – 4 = MARIA CECÍLIA CARCHEDI ROXO

Engenheira de Alimentos pela UNICAMP. Nascida em São Paulo-SP a 20-11-1956

Casada em S.Paulo a 06-06-1989 com José da Silva, em Casseterita-MG. a 04-07-1953

pais de:

IV – 1 = NATALIA ROXO DA SILVA

Nascida em S.Paulo-SP a 01-08-1990

III – 5 = JOÃO LUIZ CARCHEDI ROXO

Eng.Agronomo pela ESALQ, Professor de Paisagismo, trabalha no Min. da Agricultura

Nascido em S.Paulo-SP a 17-05-1958

Casado com Ana Maria Lima. Engenheira Agrônoma pela Fac. Luiz de Queiroz.

Pais de:

IV – 1 = ANA LUIZA

Nascida a 03-05-1997

IV – 2 = ANA LAURA

Nascida a 09-05-1998

III – 6 = JOSÉ PAULO CARCHEDI ROXO

Engenheiro Químico pela Universidade Mackenzie

Nascido em São Paulo-SP a 15-08-1960

Casado em S.Paulo a 05-03-1992 com  Carla Dal Mazo Nunes, nascida em S.Paulo a 04-05-1967, filha de Nelson Clementino Nunes e Anna Giovana Dal Mazo

Pais de:

IV – 1 = PEDRO

Nascido a 05-12-1996

IV – 2 = ANDRÉ

Nascido a 04-05-1999

IV – 3 = PAOLA

Nascida a 17-

III – 7 = MARIA IZABEL CARCHEDI ROXO  “Bel”

Relações Publicas pela Faculdade Anhembí – Morumbí

Fonoaudióloga.

Nascida em São Paulo-SP a 23-02-1963

 

CERTIDÃO DE ÓBITO DE MARIA CARDOZO ROXO (MARIA HENRIQUETA NEUVILLE, nascida em Portugal)

12 – DEOLINDA CARDOSO – UMA MULHER EXTRAORDINÁRIA

Deolinda Cardoso veio para o Brasil ainda criança, acompanhando sua mãe, Maria Henriqueta Neuville.

Eu a conheci, já velhinha, morando em Juiz de Fora com a vovó, sua irmã. Era uma pessoa extraordinária, que merece bem que eu conte as suas histórias.

Era muito avançada para os padrões brasileiros da época, escritora, com uma personalidade marcante. Tanto assim que, quando se casou, não houve festa nem convite. Apenas participou aos amigos com um cartão.

Vi também algumas cartas que ela recebeu do Aviador Gago Coutinho, o primeiro a fazer a travessia do Atlântico com um avião, com quem manteve correspondência.

Consegui recuperar estas cartas. Vejam:

Correspondência de  Gago Coutinho para Deolinda

Cartão

cartão 1

cartão 2

Rio – 1949 – dezembro 30

Agradecendo a VSa. a sua tão amável carta, faz votos para que o ano novo venha com prosperidade.

Cartas:

carta 1946

Rio, 1946, “   “ 17

A Senhora D. Deolinda Neuville Cardoso, muito agradeço a amabilidade da sua carta, data de 11 do corrente, que só ontem recebi.

Lia com toda atenção mas nada tenho a comentar: os editores, na dúvida, absteem-se.

Desejando a Sra. Saúde e felicidade , sou seu …

Gago Coutinho

carta 1953

final 1953

Rio, 1953, março 7

A Senhora Deolinda Cardoso

A vossa amável carta, datada de 22 do mês passado, só ontem foi mandada para o Hotel pela “A Manhã”. Tinham aberto por engano.

Muito agradeço a VSa. as suas amáveis palavras a respeito do livro “A Náutica dos Descobrimentos”. Trata-se de uma compilação de minhas conferências e artigos de jornal, anteriores, feita em Lisboa pela Agência Geral do “Ultramar”, compilação a qual sou estranho, porque, com meu acordo, foi confiada a um competente oficial da Marinha e geógrafo colonial “….” Moura-Braz.

A essa publicação sou estranho e tanto que só recebi três exemplares, tendo oferecido um ao Ministro do Ultramar, outro ao …Moura Braz e ficado com o terceiro. Mas não contem novidades, como aqueles que escrevi depois e estão sendo publicados pela “Voz de Portugal” que se publica no Rio aos domingos e vai para os estados.

Assim foi que a Agência do Ultramar que ofereceu exemplares a entidades de Portugal e do Brasil, como Bibliotecas do Rio, Gabinetes de Leitura do Brasil, e Institutos Históricos Brasileiros, creio. Depois da oferta para as oito colônias, liceus e bibliotecas de Portugal, poucos exemplares restaram à Agência, que os manda para as Livrarias pelo preço de 400 escudos, os seis volumes.

Aproveitando a ocasião reitero a VSa. Toda a amabilidade com que se digna a tratar-me, e sou de VSa. Com a maior consideração,

Gago Coutinho

P.S. Conto demorar-me no Rio até junho. Junto remeto o envelope da carta que foi aberta n” “A Manhã”.

carta 1955

final 1955

Lisboa, 1955 – Janeiro – 2

A Senhora Deolinda Cardoso,

Muito comovidamente agradeço os amáveis cumprimentos de fim de ano, expressos em seu cartão com a fotografia do Monumento de Juiz de Fora ao Expedicionário.

Esperemos que o Brasil não precise voltar com armas à Europa, desta vez para garantir sua própria independência, pela qual os portugueses de agora fazem ardentes votos.

Acontece, porém, que os desejos russos de dominar o Mundo, para garantia de sua própria segurança política são tais que é de recear que o armamento da Alemanha lhe corte as esperanças e que, antes de ela estar armada se lancem em uma nova guerra contra o mundo, que tão mal se está preparando.

Desculpe-me VSa. Este desabafo luso-brasileiro, de quem lhe deseja um Novo Ano muito feliz.

Com a maior consideração

Gago Coutinho

Caderneta da Deolinda

CADERNETA DE DEOLINDA COM MANUSCRITO

A Lúcia, minha prima, filha da Tia Ena, me deu uma caderneta da Deolinda de 1900.

São os primeiros textos dela manuscritos. Em uma de suas crônicas ela diz que não fazia rascunhos, escrevia e mandava para os jornais. A princípio eram manuscritos, quando o jornal lhe comunicou que não continuaria a publicar suas crônicas porque a letra estava ilegível, ela estava com a Doença de Parkinson, conseguiu uma máquina de escrever com o Presidente Getúlio Vargas e passou a datilografar.

caderneta 1900

Transcrição das anotações:

Aqui está uma carteira de 1900 contendo uns apontamentos do pobre Cardoso. 1900!!! e … aqui estou escrevendo em 1924 nesta mesma carteira pela qual parece não ter passado todos estes anos. (….) este longo período a que, as alegrias e tristezas da vida vieram lenta e insidiosamente, transformando o ambiente que me rodeia e meu próprio eu!!! Verdade? Penso que (…) apesar dos meus 50 anos, a não ser muito ou pouco duro, o meu organismo funciona ainda com extrema regularidade. Sim, na cabeça, às vezes por dias, um zumbido mortificante…

Será algum desses traiçoeiros micróbios minando-me?!!! Será causa deste meu…como direi “indiferentismo”… estacionamento. Será uma causa física, serão causas morais? “Morais”…

caderneta 1900 2

Com franqueza as minhas glorias e alegrias passadas não são de muito, são mesmo bastantes mesquinhas, para que possam neutralizar com a doçura da sua sensação essa… também sem vontade de energias que a……. Isto estou escrevendo em 15 de janeiro de 1924. Devem ser 10 horas e creio que lá fora  na  noite escura chove!

Escrevia sempre, sempre por estas horas das caladas da noite. Agora, há quanto tempo não escrevo??!!!

Lá vou eu me deitar! É um sono ! Um sono e de que covardemente me  aproveito para…..

A anotação seguinte já é em 1945

caderneta 1900 3

Juiz de Fora, 31 de agosto de 1945

Fazia anos hoje o meu bom marido Cardoso falecido no Rio em 24 de dezembro de 1915, estando eu, por conseguinte, viúva a 35 anos!

caderneta 1900 4

35 anos  representam uma vida inteira! Que fiz eu agora com 70 anos durante esses 35 anos?

Aparentemente limitei-me à obrigação de viver mas tenho a impressão que vivi mais para os outros do que para mim mesmo! Vivi? Creio que vegetei 35 anos naquele São Geraldo onde enterrei minha mãe e onde vi desmoronar a vida dos meus! Em outro lugar teria tido, e os meus,

caderneta 1900 5

convite de casamento

Participação de seu casamento.

Dr Astolfo mais tarde se tornou Astolfo Dutra.

OBSERVAÇÃO: FUI INOFORMADA POR CLAIR RODRIGUES DE QUE DR. ASTOLFO SERIA SANTA CLARA, E NÃO ASTOLFO DUTRA. SERIA UM RAMAL DE PIRAPETINGA ENTRE VOLTA GRANDE E SANTANA DO PIRAPETINGA

deolinda-e-cardoso

José Pinto Cardoso e Deolinda Cardoso (não tenho a data)

José Raymundo Pinto Cardoso era português e manteve correspondência com a família que havia ficado em Portugal. Tenho várias cartas de seus parentes para ele.

Trabalhava na Estrada de Ferro Leopoldina e, segundo me contou a Tia Ena, era transferido para as Estações onde havia problemas, para que os resolvesse, devido a sua competência e honestidade.

Não tiveram filhos.

cardoso e deolinda

Deolinda e José Pinto Cardoso seu marido

Estações onde José Pinto Cardoso trabalhou

melo B

Melo BarretoGuarany

Estação de Guarany

casa de maria roxo peqMello

Amigos do casal

Agropoli 1

Terezinha (amiga da Itália)1905

Jaime

Santa clara

1897

Uma boa história de Deolinda:

Já com quase oitenta anos, ela mandava suas crônicas para o Diário Mercantil, escritas à mão. Como sua caligrafia se tornara cada vez mais difícil de ser lida, o jornal comunicou-lhe que, se não mandasse os artigos datilografados, não seriam publicados.

Sem avisar a ninguém, nessa época ela morava com a nossa avó Júlia e tia Ena em Juiz de Fora, na Rua Barão de São Marcelino, ela foi para o Rio de Janeiro, de trem, a procura do Presidente Getúlio Vargas. Conseguiu uma audiência e retornou a Juiz de Fora com uma máquina de escrever que ele lhe deu de presente. Essa máquina existe ainda na casa da Tia Ena.

Segundo a tia Eunice, viúva do tio Diniz, irmão do papai, que mora no hoje em Fortaleza, mas, na época morava na Tijuca, Rio de Janeiro, a tia Deolinda ia sempre ao Rio. Telefonava avisando que iria pra que fossem pegá-la na estação ferroviária. Se o trem chegasse e ninguém estivesse a esperá-la, deixava a mala guardada lá e tomava um ônibus. Não esperava nem cinco minutos na estação e ainda ficava muito brava com a tia Eunice por ter se atrasado.

Quando a conheci, era uma velha senhora, magrinha e pequena, elegante, sempre bem vestida, empertigada, cabelos cortados muito curtos, o que não era comum nas senhoras da época. Algumas vezes acompanhei-a em suas saídas para ir ao centro, em Juiz de Fora. Ela recusava a ajuda de qualquer pessoa para subir ou descer do bonde, ficando até mesmo ofendida.

Só usava sapatos de salto alto. Quando vovó lhe dizia que devia usar sapatos de salto baixo, ela dizia que já havia procurado em todas as lojas de Juiz de Fora e não encontrara nenhum que lhe servisse.

Encontrei agora, nos papéis guardados pela mamãe, uma carta que escrevi para a Tia Deolinda, Vovó Titia  como nós a chamávamos, quando eu tinha 7 anos. Não sei porque a mamãe guardou e não mandou para ela. Talvez tenha exigido que eu passasse a limpo para ficar com uma letra mais bonita… não sei! No final da carta há uns desenhos que imagino que tenham sido feitos pela Júlia!

carta-tia-deolinda

Transcrição da carta:

Querida tia Deolinda

Escrevo esta carta para a senhora agradecendo o cartão.

Eu passei de ano, passei com 10.

A Tuquinha já está sabendo escrever um pouquinho.

Antonio Carlos já fala mamãe, papai e titia. Diga a madrinha Ena que eu estou com saudade dela, da vovó, da Sanalha e da Gabriela.

A senhora tem passeado muito?

Estou aflita para conhecer o Antonio Aloisio.

Abençoe a Regina Helena

Mamãe e papai mandam abraços

 

Já estava bastante surda e usava um aparelho para ouvir. Lembro-me dela, na casa da Barão de São Marcelino, com o ouvido colado a um rádio enorme que havia na sala, ouvindo o programa A Voz do Brasil.

Pretendo ainda pesquisar na Biblioteca Municipal de Juiz de Fora, nas Edições do Diário Mercantil de Juiz de Fora, que já não é publicado, para conseguir as Crônicas da Deolinda Cardoso.

Só tenho estas 3 que publico aqui e que foram as últimas. Nelas ela declara que quer voltar para São Geraldo e 2 meses depois ela volta, para ser sepultada lá!

Diario mercantil 1

PALESTRANDO – 17 E 18 DE MAIO DE 1959

A Santinha chegou. Caprichosamente esculpida por artífices portugueses, a adorada milagrosa Virgem de Fátima mais uma vez veio do coração de Portugal ao coração do Brasil! Talhada em precioso mármore, em madeira preciosa, ou humildemente moldada em humilde material como o barro, artisticamente cinzelada, ou modestamente trabalhada por inábeis mãos, porém guiadas por devoto fervor, a Fulcra Virgem, refúgio dos pecadores, consoladora dos aflitos: Mãe de Deus e Mãe dos Homens, sob qualquer das invocações em que a fraca criatura humana no seu desespero a chamou, é uma imagem recebida, de oiro ou de argila, linda ou não, de coração aberto à esperança, ao conforto à resignação!

Cada vez que a imagem da Virgem de Fátima que, tão maravilhosa e consoladoramente apareceu aos pastorzinhos da Cova da Iria, vem de Portugal ao Brasil, os brasileiros vibram de amor filial como se uma mãe linda, carinhosa, os viesse visitar mais uma vez trazendo-lhe amparo e consolo para as suas mágoas.

Fico triste a pensar se aquele brasileiro que vinha governando o Brasil, a sua Pátria, com tão lúcido e brilhante espírito, depois deixando-se arrastar por humanas fraquezas viu-se de súbito cercado por um mar de lama! Ainda a sua alma corajosa conseguiu por vezes, com o apoio dos que o compreendiam, talvez com o amor e o sorriso das criancinhas, procurando, saneando com mais energias o ambiente de seu governo, rechaçar a onda pútrida.

Porém, ao ver que a lama ia alcançar-lhe o corpo e a alma teve aquele gesto violento de extermínio atirando-se pávido, horrorizado no limiar dos Céus, aos pés do Senhor!!!

Quem sabe se tivesse levantados os olhos, o coração para N.S de Fátima, em uma de suas carinhosas visitas, outro teria sido o desfecho desse triste episódio da História do Brasil!!?

Mas no Brasil está, novamente, a imagem da amada Virgem de Fátima que, passando na cidade quase no Dia das Mães, o tornou ainda mais belo, mais carinhoso, mais maternal!

E que dificuldade – que meditem os nossos políticos – para chegar a Juiz de Fora! Todas as cidades, as vilas queriam ter mais uns minutinhos a amada Santinha. No belo poema “Estrela do Natal”, canta Boris Pasternak: “E perto de ambos, tímida como uma lâmpada num pobre pátio de aldeia, a estrela jamais vista aclarava o caminho de Belém. E, como a sagrada estrela, vai a milagrosa Virgem de Fátima por esse Brasil afora aclarando o caminho de Brasília, sua futura capital.

DEOLINDA CARDOSO

Diario mercantil

PALESTRANDO  4 DE JULHO DE 1959

Estou a pensar em passar uns dias em S. Geraldo. A altitude creio ser quase a mesma daqui, porém o clima é mais seco, ajudando assim a refazer-me da excomungada gripe de que tão pouco caso fazia e que, agora, está a zombar de mim. Daí, desde que vi no DIÁRIO MERCANTIL, aquela fotografia-flash, como se diz agora da reunião de empreendedores, respeitáveis e ilustres senhores no ato de assinarem a compra do terreno, estudarem, delinearem as linhas do grandioso edifício, onde deverá funcionar definitivamente a Redação do DIÁRIO MERCANTIL e outras empresas Associadas, que ando como menino quando ouve o pai falar que vai construir uma bonita casa para se mudarem e sai a saltar pela rua para contar a todo mundo a novidade e a descrever orgulhoso o palácio encantado que vai ser a sua nova morada.

Assim fiquei eu! Já tinha ouvido rumores sobre o momentoso empreendimento mas confesso, não estava me agradando a escolha do local. Rua Fonseca Hermes é bem central porém…tão apagada!

Agora ali na Avenida, em frente ao “Excelsior” fica uma beleza! Há pouco estive no Rio em um prédio das Associadas, Edifício do “Cruzeiro” e já estou a imaginar o daqui de Juiz de Fora: grandioso, assim com murais de Portinari e… rápidos e confortáveis elevadores para levar ao oitavo ou décimo andar as minhas modestas crônicas, os meus “Palestrando” que até importância ganharam. Mas!…entristeci! Verei estas belezas?!! Alcançarei estes confortos?!!

Ah! Sim, verei, verei.

Quem está a testa desse grandioso empreendimento e o dirige com clarividência, alma e coração?!! Um valoroso batalhador, uma forte inteligência, toda dedicada à perfeita finalidade de seus labores, sobretudo, além de sua grande modéstia, tendo um grande coração.

Vai o Doutor Renato Dias Filho, pela sua bondade e enérgica, conseguindo grandes realizações para o engrandecimento de nossa cidade.

E agora Sr. Prefeito, a conversa é com V. Exa.: Quando iremos ter mais um bondinho para Costa Carvalho com o respectivo desvio a meio do caminho? E, na Avenida Rio Branco, a nossa principal artéria, quando terá aquele feio carrascal em que termina transformado em um digno Jardin??!!

Pois vou para São Geraldo; uma cidadezinha que dizem estar em progresso. Fica ao sopé da serra do mesmo nome, onde a E.F.Leopoldina, para galgar até Coimbra, tem um famoso traçado de engenharia e belas-artes dignos de se ver e apreciar.

DEOLINDA CARDOSO

Diario mercantil 1

PALESTRANDO 29 DE JULHO DE 1959

Pois ainda estou aqui nesta amável Juiz de Fora. Realmente não poderia ir repousar no calmo regaço da Serra, sem agradecer as contestadoras palavras que teve para minha ínfima pessoa, uma das mais conscienciosas, ilustres da nossa cidade: Antonieta Bastos.

Tia Cláudia vem com carinho e devoção, dedicando-se a delicada e difícil tarefa da literatura infantil. Já com livros publicados e dirigindo uma empolgante atração para crianças, adultos e velhos, já há anos o Suplemento Infantil do DIÁRIO MERCANTIL – que Deus guarde-a por muitos anos – com o seu esclarecido espírito, seus afetuosos conselhos, tenha talvez afastado do cínico caminho alguma Françoise Sagan em perspectiva na Literatura de nossa cidade, esclarecendo-lhe o espírito como confortou com suas boas palavras o já bem cansado e pouco jovial desta sua leitora e sobrinha de 85 anos, agradecendo-lhe: – Obrigada Tia Cláudia.

E espero ir em breve para a cidadezinha serrana…Não pensem que a Serra a que me refiro é a de Thormes, onde o Jacinto do 202 foi retemperar a fibra enfraquecida na agitada vida parisiense.

A Serra não possui aquela pujança de vida em bosques, em culturas, como sabem há séculos manter no pequeno Portugal  os seus laboriosos camponeses. Ah! Não tem a nossa Serra os bosques de Tilias seculares, com alas de vetustos carvalhos por entre os quais fogem em cascatinhas em cristalinos coleios frescas águas a rumorejarem as canções de Pan!

Não, já não tem este bucolismo a pobre Serra, está como um deserto de Saara, como toda terra por onde sem carinho, sem amor, passam os aproveitadores indiferentes, onde o trenzinho da Leopoldina, como prestativo dromedário, vai dando um pouco de vida e encanto.

Mas, há uma cidadezinha no regaço da Serra, tem um magnífico hotel onde você poderá repousar, vendo o trenzinho partir da estação, daí a pouco aparece de novo e você diz: – O trenzinho está voltando.

Não vem tomar altura, some-se de novo para reaparecer numa curva lá em cima, coleando um despenhadeiro. As donas de casa correm, o trem já está na curva, é hora de fazer o almoço e quando ele torna a surgir no corte talhado na rocha viva lá no alto o almoço deve estar pronto.

Dali em muitas graciosas curvas, vai apanhar lá nas alturas a estaçãozinha do Mirante para correr mais uns quilômetros a dessedentar seu estômago de dromedário e os passageiros a regalarem-se com o famoso café com leite com quitandas.

Mas… que digo eu! Com estes dias radiantes, Juiz de Fora está cintilando em todas as suas atividades, até a política está luminosa, não faltando nos teares da madrugada, a nota artística na bela mostra de pintura do pintor juiz-forano Renato de Almeida e a lisonjeira de seu tenor Zacarias Marques único brasileiro a fazer parte do elenco que vai atuar na próxima temporada lírica do Municipal.

Parabéns Juiz de Fora! Parabéns Zacarias Marques!

DEOLINDA CARDOSO

ESTA FOI A ÚLTIMA CRÔNICA DE DEOLINDA. MENOS DE 2 MESES DEPOIS ELA FALECEU.

Nestas últimas crônicas ela se despede e, como queria, foi para São Geraldo para ser sepultada lá!

DEPOIMENTO PUBLICADO NO DIÁRIO MERCANTIL POR OCASIÃO DE SEU FALECIMENTO:

Diario mercantil 3

DEOLINDA CARDOSO

Meu horário era das 22 horas às 3 ou 4 horas da madrugada. Trabalhava nas oficinas, na Rua Marechal Deodoro, onde estava instalada a aparelhagem de “rádio press”, e raramente ia à redação durante do dia. Por isso não conheci dona Deolinda Cardoso. Jamais a vi. Lia sempre as suas crônicas, mas não podeia imaginar que ela fosse tão idosa, uma vez que, além das que assinava neste jornal, sob o título de Conversando, pelo menos uma vez por semana, tinha grande atividade e colaborava com outros com o pseudônimo de “Dionysius”.

Ao completar 85 anos em outubro de 1958, enderecei-lhe felicitações pela “Cortina”, que saía na primeira página, com o pseudônimo da Artaxerxes, dela recebendo lisonjeiro agradecimento em letra de forma na sua crônica seguinte.

Creio que a sua última colaboração foi a 4 de julho de 1959. Declarou então:

“Vou para São Geraldo, uma cidadezinha que dizem estar em progresso. Fica no sopé da Serra do mesmo nome, onde a Estrada de Ferro Leopoldina, para galgar até Coimbra, tem um famoso traçado de engenharia e belas obras de arte dignas de ver e apreciar”

Não informou a data que iria, mas para lá foi mesmo, a 4 de setembro, exatamente 2 meses depois. Morta.

Encontrava-me em Fortaleza, no Ceará, participando de um congresso de jornalistas e soube da triste notícia, ao regressar, através de um artigo de Geralda Armond.

Dona Deolinda era portuguesa, mas vivia no Brasil desde criança.Tinha muitas amizades em Juiz de Fora, onde residia na rua Dr. Villaça 33 e era queridíssima na redação. Roberto Plischek, Hipólito Teixeira e Almir de Oliveira consideravam-na uma mulher notável. Seu corpo foi conduzido para São Geraldo, em cujo cemitério repousa o sono eterno, porque lá, pelo que fui informado, é que residem os únicos parentes que possuía no Brasil. No artigo em que se referiu ao falecimento de Deolinda Cardoso, Geralda Armond declarou que ela só veio ao mundo para fazer o bem.

NOTÍCIAS EM JORNAIS, PARA OS QUAIS ESCREVIA, SOBRE SEU FALECIMENTO

folha mineira 1959

folha Mineira 1959 faleceu

falecimento Diario da Noite

João G Roxo

João G Roxo 1

Carta recebida de Portugal para José Pinto Cardoso, marido de Deolinda. O autor me parece que é irmão de Caetano José de Oliveira Roxo Filho, ele cita na carta Maria Cardoso Roxo, esposa de Caetano, como sua comadre.

Veja as informações deste irmão, o nome está um pouco diferente do que consta na genealogia do livro, mas me parece ser o mesmo. No livro não consta João Gonçalves d’Oliveira Roxo.

JOÃO DE OLIVEIRA ROXO

Nascido a  03-08-1858 no RJ. ( Lagoa , 6º , 12 ) e bat. a 12-11-1858 .

Filho “temporão”do Comendador Caetano , tinha diferença de 19 anos de seu irmão mais velho Caetano Filho . Aos 9 anos ficou órfão de Pai . Seu tio Mathias (Barão de Vargem Alegre) passa a ser seu tutor.

Sua mãe, viúva, casa-se novamente em 1869. Em 1876 (aos 18 anos), estava no Brasil em companhia de sua irmã Maria Thereza. Não há noticias posteriores. Pode ter voltado a Portugal

Vamos à carta: Uma letra linda, parecendo ser de pessoa culta.

Ilmo. Sr. Pinto Cardoso

Fazenda de Santa Tereza 10 de setembro de 1901

Amigo Sr.

Tendo a meses recebido uma carta de sua Exa. Sogra Sra. D. Maria Cardoso, minha muito estimada comadre: entre as notícias que me manda de seus cunhadinhos há um período em que ela fala na pessoa de V. S. e sua estimada esposa D. Deolinda, e nesse mesmo período; é, concernente a minha insignificante individualidade de quem minha estimada comadre me diz: V. S. interessar-se em saber de minha pessoa. Sendo como sou inteiramente estranho a V.S. e minha comadre falando da forma que se dirige a mim sobre o mesmo desejo de V.S. isto me dá coragem de tomar a liberdade de me dirigir a V.S.  sem outro intuito, que não seja a extrema gratidão que sou devedor a V.S. por essa mesma distinção de sua parte.

E como a gratidão traz por consequência a Amizade; V.S, terá a bondade, permitir-me confiança de cumprimenta-lo, e a sua Exma. Esposa D. Deolinda fazendo por minha vez, votos a Deus pelas felicidades de V. Sas.

Tenho pois o extremo prazer com os cumprimentos – Rogando a V.S. dispor dos limitados préstimos de quem com toda consideração

Subscreve-se

De V. S.

Amigo João Gonçalves d’Oliveira Roxo

Outra carta entre as muitas que tenho.

para cardoso

para cardoso 1

Estimadíssimo primo do coração

Recebi a tua muito prezada carta e vejo que tens saúde que é o que do coração te desejo pois é minha ao fazer desta é boa para em tudo te dar gosto. Primo

Depois que li a tua carta e vi os trabalhos que tens passado não pude deixar de chorar só em me lembrar do tempo que por aqui passamos juntos e os divertimentos que fazíamos. Enfim tem paciência e pede a Deus que te dê saúde e vê se podes arranjar dinheiro para a passagem e torna para a nossa pátria para junto da tua família que a todo momento suspira por ti.

Podes acreditar que tuas manas não passa um só dia que não suspirem pelo seu José. Cá sempre se vai comendo pão e batatas e vai a gente vivendo sem vergonha. Podes acreditar que tenho pena eu não ter dinheiro para ti vires embora para o nosso Portugal. Mais enfim Deus me agradeça vontade com isto não te enfado mais.

Aceita muitos recados de meu tio e de minha mana e do Manoel um abraço e muitas visitas de tuas manas e de teu pai e mais de toda a tua família. De mim um apertadíssimo abraço.

Sou teu primo e Amigo do coração

Donello 26 de outubro de 1884

Julio Pereira Pinto da Costa

Carta do Pai de José Cardoso em 1894

pai de cardoso

pai de cardoso 1

Querido filho e amado coração

Muito estimarei que ao receberes esta te vá olhar com perfeita feliz saúde na companhia dos 2 teus sócios a quem recomendo muito enquanto nos vamos vivendo sofrivelmente enquanto Deus quiser como velhos.

Querido filho tenho estado a esperar da resposta da minha última carta e até hoje não tive resposta. Deus queira que não seja por falta de saúde, em vista do que mandaste dizer na última carta assim mandei dizer a Tio Manoel. Ele logo mandou a procuração em mau nome para fazer a escritura. Ele logo tratou de arranjar a compra lá onde ele está ne fazenda por 400$000 e logo pagou mas pediu o do emprestado, o que bateu foi ele (…) logo até os santos e então logo que esta receba, se ainda o não tem feito faze-lo para eu não ficar mal  nem tu, porque os homens entendesse pela palavra mesmo possuía a tua afilhada que já vai em 4 meses e foi-me preciso como já te disse pedir 2 libras para dar de entrada nos sabe como vemos (…) A Mãe já passa de um ano que não sai de casa e eu, com a minha doença, já faz um ano no dia 16 de dezembro que não tornei a ganhar nada.

Dos 100$000 que mandaste devias 8 anos de decima foram 30$000

Dei ao Cazemiro 13$500

Dei ao Andre 13$500

Dei ao Taboaço 13$000

Dei ao Padeiro 8$500

Total 95$500

Agora ainda deve então por uma 24 libras, se não devesse nada estava no céu.

Já te mandei dizer por duas vezes e com esta são 3 que mandasse dai dizer como se há de mandar-te um presunto inda não mandaste dizer nada a tal respeito. Recebe muitos abraços de toda a família, um muito fechado da Mãe e de mim receba um coração saudoso deste teu pai, que mil venturas te deseja por largo amor.

Donello 17 de dezembro de 1894

P.E tomam a estas passagens para o Rio gratuita, se ainda interessa mais novo ida até aí a fazer uma visita mas não para lá ficar.

José Pinto –  Aurora

Nicolau, filho de Cesário Oliveira Roxo, sobrinho de Deolinda por parte de mãe,

Cesário e Maria Martins (Pituta)

Farmacêutico em São Geraldo-MG. ; faleceu em Uberaba-MG.  Produziu e comercializou o fortificante “Ferro Roxo “. Fundador e 1º Diretor a Ass. Com e Ind. de Uberaba, de 1923 a 1927. Casado com Maria Martins,  nascida em Pirapitinga-MG.

tiveram apenas 1 filho:

II – 1 = NICOLAU DE OLIVEIRA ROXO

Estudante da Faculdade de Direito da Universidade de Minas Gerais em 1935. Como funcionário do Ministério do Trabalho em Belo Horizonte, foi transferido para S.Paulo a 14-10-1934. Transferiu-se para a Faculdade de Direito do Largo São Francisco em 1935 no 4º ano do curso, faleceu em 06-04-1936, solteiro.

11 – OS ROXO e NEUVILLE: FAMÍLIA DA AVÓ PATERNA

 

As fotografias foram identificadas pela minha tia Ena Roxo da Motta, que era depositária das mesmas. Sua filha Lúcia Consuelo Ena Roxo da Motta Colsera me cedeu os arquivos.

A história da família marca também o início do povoamento de São Geraldo, MG, com a vinda dos portugueses João Luiz Ferreira da Motta, Diogo da Rocha Bastos, Luiz Manoel da Rocha Braga, vindos da região de Ouro Preto, no início dos anos de 1800.

João Luiz Ferreira da Motta fixou-se a margem do rio e criou a fazenda Caeté, que teve este nome em decorrência da Tribo dos índios Caetés naquela região. Não temos notícia da sua esposa. O filho Luiz Manoel casou-se com Flávia Bibiana de Jesus e tiveram 8 filhos, nascidos em São Geraldo: Agostinho (1860 – 1936), Maria Luiza ( Tia Cocota, 1833 – 1939), Luiz Ferreira da Motta (1866 – 1934), Manoel, João, Joana, Vicente.

Destes 8 filhos, apenas Luiz Ferreira da Motta se casou com Júlia Roxo da Motta dando origem a nossa família. Os outros irmãos viveram no Caeté de Baixo.

Segundo a tradição, os primeiros que se aventuraram a devassar as matas do Presídio e nelas fixar residência, foram os cidadãos: JOÃO LUIZ FERREIRA DA MOTTA, DIOGO DA ROCHA BASTOS (portugueses) ,VICENTE RODRIGUES DE CARVALHO, FRANCISCO ANTONIO PINTO (brasileiros)

JOÃO LUIZ FERREIRA DA MOTTA fixou-se à margem esquerda do córrego do Caeté (assim denominado devido aos índios Caetés que se viviam em suas margens.

Surgiram no seio das florestas as grandes fazendas do CAETÉ, COLÔNIA, CAPELA VELHA,etc.

A chegada da Estrada de Ferro a Várzea do presídio em 1888   foi a causa da fundação do Arraial de São Geraldo onde, entretanto, já existiam algumas casas, como núcleo da povoação, se bem que todas em terrenos particulares, mais ou menos à margem da estrada de rodagem que seguia para Coimbra e Rio Branco.

A Origem deste nome, prende-se ao nome do Exmo Sr. Antônio Carlos, Barão de São Geraldo, que então fazia parte de diretoria da Companhia Leopoldina de que era um dos maiores acionistas.

O arraial nasceu de terrenos desmembrados da Fazenda Caeté e da Capela Velha e a capela foi construida por doações de  católicos: Capitão Antônio Machado, João Luiz Ferreira da Motta, João Pedro de Gusmão e Tenente Francisco Antônio Soares.

 

JOSEPHINA NEUVILLE NA FAMÍLIA

Josephina Neuville passa a fazer parte desta família quando sua filha Maria Henriqueta Neuville, depois de seu primeiro casamento em Portugal passa a se assinar Maria Henriqueta Cardoso e, vindo para o Brasil, trazendo a filha Deolinda Cardoso, casa-se com Caetano José de Oliveira Roxo Filho.

Josephina Neuville nasceu no Brasil mas foi para Portugal aos 5 anos e lá viveu, casou-se e teve a filha Maria Henriqueta.

Tornou-se uma escritora que é reconhecida até hoje pelo seu pioneirismo. 

Josephina Neuville, filha de C. G. Neuville e da Senhora Lasseuce, belga. Nasceu por 1825 no Rio de Janeiro. Em 1838 ou 1839 veio para Lisboa para casa de seus tios, de sobrenome Levaillant, e n’esta capital estabeleceu definitivamente a sua residência.

Publicou o livro “Memórias de Minha Vida, Recordações de Minhas Viagens” em 1864, em Lisboa, onde narra os acontecimentos de sua vida.

Josephina Neuville continua a ser destacada como uma mulher pioneira em sua época!

Tomei conhecimento de mais uma tese onde ela é citada e estudada.

Algumas informações sobre a Tese, observando que é usado o português de Portugal

Literatura de Viagens de Autoria Feminina no Portugal Oitocentista

Alguns Contributos

Autora : Esmeralda Sofia Machado Ramos

Dissertação realizada no âmbito do Mestrado em Estudos Literários, Culturais e Interartes, Especialização em Estudos Comparatistas e Relações Interculturais, orientada pela Professora Doutora Maria de Fátima Outeirinho

Faculdade de Letras da Universidade do Porto Setembro de 2019

Livro: Josefina Neuville, Memorias da Minha Vida. Recordações de minhas viagens

Josefina Neuville foi, deste modo, uma mulher oitocentista cujo percurso de vida ultrapassou um quadro nacional, uma mulher com mais do que uma nação que identifica como sua. Tendo em consideração o facto de ser uma mulher de uma classe alta, podemos considerar que foi uma mulher privilegiada, com uma educação superior à que receberia na Lisboa do século XIX uma mulher comum. Foi ainda uma mulher que teve o privilégio de viajar, acompanhada pelo seu marido ou sozinha, para destinos que a própria Josefina tinha curiosidade em conhecer.

Combatendo todos as adversidades que surgiam, foi ainda uma mulher que teve a coragem necessária para seguir a sua vontade e assim documentar, com a publicação destas Memorias da Minha Vida. Recordações de minhas viagens, todos estes factos. Fica gravada para a história a coragem desta mulher que não se conforma totalmente aos modelos oitocentistas, e que afirma “sempre preferi a penna á agulha”.

Outra tese citando a Josephine Neuville já publicada: 

Tese de Doutorado em Altos Estudos em História ramo Economias e Sociedade, da Professora Elen Biguelini, orientada pela Professora Doutora Maria Antonia Lopes e apresentada à Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra em abril de 2017. Título: Tenho escrevinhado muito: mulheres que escreveram em Portugal [1800 -1850]

COLABORAÇÃO DE LUZIA ROXO PIMENTEL, NETA DE JOÃO  d’OLIVEIRA ROXO

De acordo com as últimas pesquisas do Eduardo Dias Roxo Nobre, os pais da nossa bisavó, Dª Marie Henriette de Neuville Cardoso Roxo (Maria Henriqueta Cardoso, no primeiro casamento em Portugal e após o segundo casamento aqui no Brasil, Maria Henriqueta Cardoso Roxo) Jorge e Josephine Neuville são originários da cidade de Verviers, próximo a Liege, região da Valônia, Bélgica. Não são de origem francesa, como se acreditava anteriormente.
Nossa tetravó, Dª. Josephine de Neuville (1825) aparece como escritora em sites literários portugueses e autora do seguinte livro cadastrado assim na Base Nacional de Dados Bibliográficos de Portugal:

Neuville, Josephine, 1833 – Título: Memórias da minha vida : recordações de minhas viagens
Atualmente, o livro faz parte dos acervos das seguinte bibliotecas: Biblioteca Nacional de Portugal, Biblioteca Nacional da Marinha e Biblioteca da Universidade Católica de Portugal. Foi publicado em Lisboa em 1864.

LIVRO FOI A LEILÃO

O Manuscrito das Memórias (com os 2 volumes em um) encadernado em pele, foi a leilão em novembro de 2005.

Lote -657

NEUVILLE (Josefina). – MEMORIAS da Minha Vida: Recordações de Minhas Viagens […]. – Lisboa:

TypoTypographia do Panorama, 1864.-2v.em1.;220mm Encadernação com lombada e cantos em pele da época; ligeiramente aparado; acidez.

≠25-45

http://www.nova-eclectica.com/images/leiloes/S000.pdf

NOVA LIVRARIA OFERECE OS LIVROS PRA DOWNLOAD

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Descobertas da Luzia:

LIVRO VENDIDO NOS EMIRADOS ÁRABES

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Livro emirados arabes

Memorias Da Minha Vida, Recordações de Minhas Viagens by Josephina Neuville – Paperback

uae.souq.com

AUSTRÁLIA

Abaixo o link para o site Mighty Ape que está vendendo o livro da Tetra na Austrália….!!!!

Livro vendido da Australia

https://www.mightyape.com.au/product/memorias-da-minha-vida-recordaes-de-minhas-viagens-paperback/6668574

LIVRO VENDIDO NA NORUEGA

O site da Universidade Cappelen Damm de Oslo/Noruega tb está  anunciando os livros da Tetra.

https://www.cappelendammundervisning.no/forfattere/Neuville,%20Josephina

lIVRO VENDIDO NORUEGA

Forfatter Josephina Neuville. Bøker, lydbøker, biografi og bilder | Cappelen Damm Undervisning

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Kjøp bøker av Josephina Neuville.

NOVAS EDIÇÕES DO LIVRO DE JOSEPHINA NEUVILLE

capa reino unido

Edição no Reino Unido

CAPA nova josephina

Edição nova em Portugal

capa russia

Edição na Rússia em português

Fiquei interessada na nova informação e resolvi investigar os Neuvilles de Verviers, Bélgica. Queria descobrir se ainda existe a casa dos nossos tetravós, como seria, em que ano e porque foram para Portugal. Não consegui nada… Em Verviers há Neuvilles aos montões.
Então resolvi investigar os Neuvilles de Portugal. Deu certo. Encontrei um site chamado http://www.nosportugueses.pt/pt/apelido 5957/neuville, que dá acesso aos arquivos da Torre do Tombo, com os nomes e “apelidos” (sobrenomes) de famílias portuguesas.
Em Portugal, encontrei os seguintes Neuvilles, que talvez sejam nossos parentes …

Aline Marie Georgette Neuville, 1865 /
Carlos Neuville, 1825 (provavelmente o irmão da Josephina Neuville, nossa Tetra Avó )
Dª Clementine Neuville, 1845/
Domingos Luiz Neuville, 1860
Eugenia Neuville, 1885/
João Neuville, 1730 (o mais velho da turma) /
Josephine Neuville, 1825 ( a nossa tetravó, escritora e mãe da Dª Maria Henriquetta)

Quando o casal C.G. Neuville  e Leweuce Neuville veio para o Rio de Janeiro, trouxe um casal de filhos , a Clementina e o Carlos. No Rio eles tiveram mais 3 crianças, a Josephina, o Eli e a Elizabeth (no parto desta última a mãe faleceu).
Dª Maria Henriquetta Neuville , 1850 ( a nossa bisa).

certidao-de-josephina

Certidão de casamento de Josephina Neuville com Francisco Populaire em 30 de maio de 1840 (conseguida na Torre do Tombo, Lisboa, pela nossa amiga colaboradora Isabel Meneses)

Transcrição da certidão feita por Luzia Roxo Pimentel

No dia trinta de Maio de mil oitocentos e quarenta e dois daqui de prontos e um dispensador, outros quantos por sua Exm vez de Constituição deste Patriarchado na minha presença data de…….. deixo abaixo assinados nesta Igreja de N. Sra. dos Mártires em Lisboa receberão por Marido e Mulher Francisco Populaire filho de Pedro Populaire e de Maria Francisca Pivaior Populaire batizado na Igreja da Boa Nova na França e D. Josefina Neuville filha de Joze Gant Neuville e de Lambertina Lassence Neuville batizada na frequesia da Se do Rio de Janeiro e moradora nesta freguesia de N. Sra da Conceição Nova desta cidade forão testemunha presemtes Q juntas assinarão

Hurvaÿ Amado Martins e Raymunthe Brent e por Frant.Ant Prezado .

Abaixo o link para o 2º volume do livro “Memórias da minha vida e recordações das minhas viagens”, de Josephina de Neuville, nossa tetravó.

https://archive.org/details/memoriasdaminha03neuvgoog

NOVIDADE: Os livros foram reeditados em 2010! Vejam as capas!

livro-da-josephina-2010

volume-2

MAIS INFORMAÇÕES SOBRE O LIVRO: COLABORAÇÃO DA LUZIA ROXO PIMENTEL

* Abaixo, o link do arquivo histórico Brasiliana mostrando que os livros da JOSEPHINA foram usados pelo escritor Pedro Calmon, na sua obra “A vida de Pedro II, O Rei Filósofo” , na edição do centenário do  rei.

http://www.brasiliana.com.br/obras/o-rei-filosofo-vida-de-d-pedro-ii/pagina/460/texto

Brasiliana | O rei filósofo: vida de D. Pedro II – Página: 460

http://www.brasiliana.com.br/obras/o-rei-filosofo-vida-de-d-pedro-ii/pagina/…/texto

Josefina Neuville, Memorias da minha Vida, Lisboa, 1864.

MAIS INFORMAÇÕES SOBRE OS ROXO

Mais algumas informações compartilhadas pela Luzia Roxo Pimentel

No livro Os Nobres do Brasil, de Fernando Carvalho Neto, nossos parentes são citados, bem como seus brasões e a data do decreto em que receberam seus títulos (pgs 123 e 193)

Abaixo, os nomes deles e os brasões de barão do Mathias (2 títulos: do José Gonçalves e de visconde do Luiz Otávio.

No Museu Imperial de Petrópolis, RJ está em exposição um prato de porcelana que foi da baixela do Mathias e contem o brasão dele. Lembro que o desenho é cercado por um ramo de oliveira , de um lado, e um ramo de café, do outro. O lema deles era “VIRTUTI ET LAVORI”.  Já vi este prato. É lindo!

Temos os seguintes parentes com título de nobreza:

oliveira_roxo

Mathias Gonçalves de Oliveira  Roxo-  Barão de Oliveira Roxo

vargem_alegre_1

Mathias Gonçalves de Oliveira Roxo – 1º Barão de Vargem Alegre

guanabara

José Gonçalves de Oliveira Roxo – Barão de Guanabara.

vargem_alegre_2

Luiz Otávio de Oliveira Roxo – 2º Visconde de Vargem Alegre

MAIS INFORMAÇÕES DA LUZIA ROXO PIMENTEL

Abaixo os links para os livros onde a Josephina  é citada. Achei o nome da mãe dela. É Sra. Laweuce. Belga total. Acho que a pronúncia é Luíce. No livro de memória o sobrenome dela é Lascelles (Laweuce Lascelles) bem bonitinho.

http://www.historia-bahia.com/bibliografia/sacramento-blake/blake-vol-5.pdf

1850, e doutor em medicina pela faculdade do Rio de Janeiro, viajou pela Europa …… As escolas publicas da corte do Imper’io do Brasil no anno de. I8í3. Relatorio …… D. Josephina Neuville – Filha de C. G. Neuville e da. Sra. Laweuce …

[PDF] http://www.brasiliana.usp.br/bitstream/handle/1918/00295750/002957-5_COMPLETO.pdf Baixar – Brasiliana USP

http://www.brasiliana.usp.br/bitstream/handle/1918/00295750/002957-5_COMPLETO.pdf

Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul e exerceu a advocacia na corte. Escreveu, além de …… As escolas publicasda corte do Império do Brasil no anno de. 1873. …… J o s e p h i n a N e u v i l l e — Filha de C. G. Neuville e da. Sra. Laweuce …

http://ptdocz.com/doc/1411568/baixar—brasiliana-usp Baixar – Brasiliana USP – PtDocs.com

ptdocz.com/doc/1411568/baixar—brasiliana-usp

Rio de Janeiro, 1883, 50 . pags. in-12 0 — Discursos proferidos nas sessões de 1, 10 e 24 de julho …… As escolas publicas da corte do Império do Brasil no anno de 1873. …… J o s e p h i n a N e u v i l l e — Filha de C. G. Neuville e da Sra. Laweuce.

DICIONARIO BIBLIOGRÁFICO BRAZILEIRO

https://upload.wikimedia.org/wikipedia/…/Diccionario_Bibliographico_Brazileiro_v5.pd…

1850, e doutor em medicina pela faculdade do Rio de Janeiro, viajou pela Europa …… As escolas publicas da c61’te do Imper’io do Brasil no anno de. I8í3. Relatorio …… D. Josephina Neuville – Filha de C. G. Neuville e da. Sra. Laweuce …

Continuei curiosa em saber mais sobre a nossa tetravó, a escritora Josephina Neuville, e consegui encontrar o link para um capítulo do livro dela, publicado na revista portuguesa A Ilustração, de 16/3/1938. Vale a pena!

capa-da-revista

Está nas páginas 18, 19 e 20 da revista e o título é  LISBOA HOITENTA ANOS / CURIOSAS REVELAÇÕES DE JOSEFINA NEUVILLE PROVANDO QUE OS HOMENS DE HOJE NÃO MELHORARAM EM COISA ALGUMA (está logo depois do artigo China Moderna).

artigo

livro-fim

Artigo de Josephina Neuville na Revista

A Revista trás também um artigo muito interessante sobre o Museu Mariano Procópio em Juiz de Fora

“Maravilhas a admirar

Um dos belos Museus do Mundo em uma cidade da Província Brasileira”

museu-mariano-na-revista

É fácil de ler em PDF ampliando para 190%.

josefine-e-henriqueta

quadro que está na matéria com o nome: Mãe e filha

É bem interessante e tem mais informações do que no livro que está na New York Public Library. Tem várias ilustrações, inclusive uma chamada “Mãe e filha” (não sei se é ela, mas pode ser porque em um outro capítulo ela menciona que tinha mandado fazer o retrato).  Neste  capítulo que aparece na revista,  ela conta que o deputado Jacinto Santana de Vasconcelos a ameaçava de espancamentos e murros, lhe tomava dinheiro e batia na Mariquinha (a nossa bisavó. acho). Que horrível!!!

LUZIA ROXO PIMENTEL, descobre mais notícias sobre a Josephina Neuville!

Nova informação: em abril de 2017 : A livraria de New Delhi, Índia que estava vendendo os livros da Josephina Neuville por US$11, com transporte e entrega grátis, via New York, comunicou que os livros  ESGOTARAM!!!

O Livro Memórias da minha vida: recordações das minhas viagens anunciado na Rússia!

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livro-na-russia

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Na hemeroteca de Lisboa ,  Revista Brasil/Portugal, de 1904 , no artigo Chronica, de J. Barbosa Colen, Josephina Neuville é mencionada na pág 3, no parágrafo ” O Baile de Máscaras – foi-se”

Veja também as “socilites’ da época e suas fantasias… super chiques…

brasil-portugal

http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1904_1905/N122/N122_master/N122.pdf

cronica

cronica-1

cronica-2

cronica-3

A crônica onde Josephina Neuville é citada, veja no último parágrafo

Pesquisei mais um pouco e encontrei referências a Josephina. Estão em um artigo muito interessante sobre  Moda Portuguesa , na Revista de Artes Decorativas  n° 6  2012 / 2014 . Há tb referência a casa de mods da Tia Clementina, Mme Levaillant.

http://citar.artes.porto.ucp.pt/sites/default/files/files/artes/CITAR/Edicoes/RAD_06.pdf

revista-do-porto
Último parágrafo da página 220

“A sobrinha da modista Madame Levaillant, Josephine Neuville, referindo- -se ao ambiente do atelier e armazém de sua tia onde circulavam muitas costureiras e onde se convivia com intrigas e maledicências, descreve-as como mulheres de conduta duvidosa, que ambicionavam uma vida melhor, suportada pelas opulências de homens riquíssimos que não conseguiam resistir às suas seduções (85). Estas casas de modas e ateliers, por vezes, também serviam para proporcionar encontros de algumas clientes casadas com os seus amantes, como a da modista Madame Olivier Botto.

As costureiras e as modistas eram alvo das conquistas dos janotas, «Às portas da modista Levaillant, da modista Aline, a janotaria sustentava nutrido fogo paras as janelas da modista Lombré, (…) do cabeleireiro Baron, onde Madame Baron servia de alvo e para as da modista Levaillant, onde mademoiselle Pauline era o ponto de mira da buliçosa mocidade»87. As modistas portuguesas, percebendo o êxito das suas colegas estrangeiras e para atraírem mais clientela e estimular o seu negócio, contratavam costureiras francesas e publicitavam-no88. Tentavam reclamar para os seus estabelecimentos o glamour dos gabinetes franceses. Por vezes, estas profissionais afrancesavam o nome, ou mesmo acrescentavam a palavra Madame, Madama, Mademoiselle, para atrair uma maior atenção do público

Achei tb na mesma revista referências a Tia Clementina  Levaillant (a malvada).

clementine

clementine-1

clementine-2

Pag 216, 217, 220

A casa da Modista Levaillant

Pág. 216
“Os casais de negociantes da época estavam unidos, não só pela união das alianças, mas também pelo gosto pela moda. O marido da reputada modista Madame Clementine Levaillant, Pedro Estanislau Levaillant, por exemplo, intitulava-se como modisto (66), que podia ter dois significados: aquele que confecionava roupas femininas profissionalmente ou dirigia um atelier de costura ou, ainda, marido ou companheiro de modista.

Madame Levaillant veio trabalhar para o atelier da ilustre Madame Mariana Burnay (73), como costureira, acabando por criar o seu próprio negócio. A partir de 1830, a modista parece ter rivalizado com a sua congénere.

Muitas destas profissionais intitulavam-se e anunciavam a sua atividade acrescida da honorável distinção da Casa Real, Sua Alteza Sereníssima a Senhora Infanta D. Isabel Maria, de Sua Alteza Real, Modista da S.A. Serenissima Infanta D. Maria d’Ássumpção e mais Serenissimas Infantas, etc., o que demonstrava que tinham conseguido atingir a notoriedade a que se propunham: servir os elementos femininos da Casa Real. Algumas modistas até tiveram o privilégio da utilização das armas reais nas suas casas ou estabelecimentos. Madame Sardin, Cecília Gerard, Madame Levaillant, Madame Burnay ou Madame Huguet, foram entre outras, as que viram reconhecidas os seus serviços (75)

A exteriorização dos privilégios concedidos estendia-se à utilização das armas reais, que podiam ser multiplicadas em diversos materiais gráficos, como caixas, folhetos, faturas, cartões, catálogos, placas nas fachadas das suas lojas, como o caso de Madame Levaillant .

Acrescentando informações sobre Josephina Neuville:

Ainda hoje o pioneirismo de Josephina (aparece também como Josephine, Josefina) está sendo lembrado em teses de Doutorado e Mestrado, principalmente em Portugal.

Tese de Doutorado em Altos Estudos em História, ramo Economias e Sociedade: Professora Elen Biguelini, orientada pela Professora Doutora Maria Antonia Lopes e apresentada à Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, em abril de 2017. O título da tese é: Tenho escrevinhado muito: mulheres que escreveram em Portugal (1800 – 1850).

Josephina Neuville continua a ser destacada como uma mulher pioneira em sua época!

Tomei conhecimento de mais uma tese onde ela é citada e estudada.

Algumas informações sobre a Tese, observando que é usado o português de Portugal

Literatura de Viagens de Autoria Feminina no Portugal Oitocentista: Alguns Contributos  – Autora : Esmeralda Sofia Machado Ramos

Dissertação realizada no âmbito do Mestrado em Estudos Literários, Culturais e Interartes, Especialização em Estudos Comparatistas e Relações Interculturais, orientada pela Professora Doutora Maria de Fátima Outeirinho. Faculdade de Letras da Universidade do Porto,  Setembro de 2019

Tomo a liberdade de publicar aqui um pequeno texto de sua apresentação da Tese:

Josefina Neuville foi, deste modo, uma mulher oitocentista cujo percurso de vida ultrapassou um quadro nacional, uma mulher com mais do que uma nação que identifica como sua. Tendo em consideração o facto de ser uma mulher de uma classe alta, podemos considerar que foi uma mulher privilegiada, com uma educação superior à que receberia na Lisboa do século XIX uma mulher comum. Foi ainda uma mulher que teve o privilégio de viajar, acompanhada pelo seu marido ou sozinha, para destinos que a própria Josefina tinha curiosidade em conhecer.

Combatendo todos as adversidades que surgiam, foi ainda uma mulher que teve a coragem necessária para seguir a sua vontade e assim documentar, com a publicação destas Memorias da Minha Vida. Recordações de minhas viagens, todos estes factos. Fica gravada para a história a coragem desta mulher que não se conforma totalmente aos modelos oitocentistas, e que afirma “sempre preferi a penna á agulha”.

FAMÍLIA ROXO MOTTA

A Josephina Neuville passa fazer parte da família Roxo Motta através de sua filha Maria Henriqueta Neuville, depois Maria Henriqueta Cardoso (em Portugal após o seu primeiro casamento em Portugal e depois aqui no Brasil com Caetano José de Oliveira Roxo.

Aproveito aqui os dados do livro João Roxo e seus descendentes, de Eduardo Dias Roxo Nobre, uma bem documentada genealogia dos ROXO, cuja origem é Portugal, Século XVIII, Freguesia de Santa Eulália de Pensalves, Concelho de Vila Pouca de Aguiar, Traz os Montes.

Para quem se interessar por mais informações e detalhes, o livro está disponível na internet www.joaoroxoedescendentes.com

Começando pelos avós de Júlia Roxo da Motta, nossa avó paterna:

caetano

1 – Caetano José de Oliveira Roxo – foto cedida por Luzia Roxo Pimentel

Nasceu em 1813, em Santa Eulália de Pensalves, Conselho de Vila Real – Portugal. Chegou ao Brasil em 13/02/1832, com 19 anos. Ele já tinha um irmão aqui no Brasil, Mathias Gonçalves de Oliveira Roxo.

Esse irmão casou-se com Joaquina Clara de Jesus, filha do Barão de Pirai e se tornou Barão de Vargem Alegre, por ter colocado a sua fortuna à disposição do Imperador do Brasil por ocasião da Guerra do Paraguai.

Recebeu também o Título de Grande do Império e Comendador da Ordem de Cristo, constando que, em 1854 era o maior fazendeiro do Império, constando que em suas fazendas existiam mais de 1500 escravos.

Caetano foi viver na região do irmão Matias e também progrediu, tendo recebido o título de Comendador por ter sido o precursor do envio de leite gelado à Corte.

Casou-se com Rita Maria Alves, nascida em Dores do Piraí, filha de Caetano Alves de Oliveira e Maria Florinda da Silva,

Faleceu em Porto, Portugal, em 22 de julho de 1867, e lá foi sepultado.

No inventário de seus bens aberto no Rio de Janeiro constam, entre outros, os seguintes bens: 19 imóveis no Rio de Janeiro, 35 escravos (em sua maioria pedreiros e carpinteiros) Ações da Cia Brasileira de Paquetes e Vapor, todos os bens avaliados 602 mil contos de reis!

Caetano José de Oliveira Roxo e Rita Maria Alves tiveram 4 filhos:

1 – Caetano José de Oliveira Roxo Filho (pai de Júlia, nossa avó)

2 – José Breves de Oliveira Roxo

3 – Maria Thereza de Oliveira Roxo

4 – João  d’Oliveira Roxo

carta de caetano pai

Carta de Caetano de Oliveira Roxo para o filho Caetano José de Oliveira Roxo Filho em 1860

gremio

Descobri, pesquisando os jornais da época, na hemeroteca  digital da Biblioteca Nacional, uma informação interessante. Vejam:

largo dos leões comprado por Caetano Roxo, deve ser o pai arquivo publico sd

INVENTARIO DE CAETANO

inventario caetano pai

 

Recebi esta informação de Antonio Ribas de Portugal

“Caetano José de Oliveira Roxo era neto materno do meu sexto avô Jose Gonçalves Maduro (1749,1837).
A informação que eu tenho é que Caetano José nasceu em Pensalves a 7/10/1810.
Ele apadrinhou, juntamente com a mulher, no Porto em 1852, uma filha Rita da minha quarta avó, Carlota Joaquina Maduro (1814,1879), sua prima direita.
http://pesquisa.adporto.pt/viewer?id=491156 Imagem 167.tif
Cmpts
António”

Informação sobre Caetano Roxo

Imagem do arquivo citado acima, certidão de batismo com assinatura de Caetano José de Oliveira Roxo e sua esposa Rita Maria de Oliveira Roxo, como padrinhos de Rita.

Clube em Elvas, Portugal, 1879

CAETANO

Caetano José de Oliveira Roxo Filho

As certidões de casamento abaixo foram enviadas por Isabel Menezes, de Portugal, que tem nos ajudado nesta pesquisa.

CERTIDÃO DE CASAMENTO DE CAETANO

casamento caetano e guilherminap

Certidão de casamento de Caetano e Guilhermina

No dia vinte e hum de Septembro de mil e oitocentos e cincoenta e seis Nesta Igreja de Nossa Senhora dos Martyres presentes todos os papéis de estilo na forma do Sagrado Consilio de (…) e pela Constituição do Patriarchado na minha presença e das testemunhas abaixo declaradas e assignaladas receberão por Marido e Mulher Caetano Jozé de Oliveira Roxo Junior, filho de Caetano Jozé de Oliveira Roxo e D.Rita Maria de Oliveira Roxo, baptizado naFreguezia de Nossa Senhora das Dores da cidade do Rio de Janeiro e Dona Guilhermina Amelia Lima filha de Thomas Joze Pereira Lima e Dona Marianna Rita Lima baptizada nesta Freguezia de Nossa Senhora dos Martyres onde ambos os contrahentes são presentes (…) forão Testemunhas presentes que comigo assignarão Thomaz Jozé Pereira Lima e Jozé Maria da Costa, pelo que se lavrou o presente apenso (…)

Deste primeiro casamento teve 3 filhas: Rita de Amalia Oliveira Roxo, Eliza de Oliveira Roxo e Guilhermina Amália de Oliveira Roxo.

filha rita e dedicatoria

Dedicatória: Ao meu querido Papai como prova de muita amizade e cordial estima Rita 1 de janeiro de 1880

Batizado de Rita Cândida

batizado de rita

BATIZADO DE RITA CANDIDA – 2 de janeiro de 1859

No dia dous de janeiro de mil oitocentos e cinquenta e nove Nesta Igreja de Nossa Senhora dos Martyres batizei Rita que nasceu no dia dezoito de setembro do anno próximo, preterido, filha legítima de Caetano Jose de Oliveira Roxo Junior e de Guilhermina Amalia Lima Roxo, recebidos nesta Freguezia, foram padrinhos seu avô paterno Caetano Jose de Oliveira Roxo por seu procurador avô materno Thomas Joze Pereira Lima, Avô paterno

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CASAMENTO DE RITA CANDIDA

Aos dez dias do mês de agosto do anno de mil oitocentos e oitenta nove e na Egreja Parochial de São Sebastião  da Pedreira, terceiro bairro da cidade e Patriarchado de Lisboa, na minha presença compareceram os nubentes José rodrigues Mattos Lopes de Mendonça e Dona Rita Candida Lima Roxo que sei serem os próprios com todos os papeis de estilo correntes em virtude  de um despacho do Reverendíssimo Arcebispo de Chytiline, Prior e Vigário Geral de Patriarchado, datado de um do corrente mês e portanto sem impedimento algum canônico ou civil para o casamento: elle  de edade de trinta anos, solteiro capitão do regimento de artilheria numero cinco, tendo a devida auctorisação superior natural e baptizado na freguesia de São João Baptista de Simphao, concelho do mesmo nome, diocese de Lamego, parochiano da freguesia de São Miguel nesta cidade e morador no Largo do Chafariz de Dentro, numero dezenove terceiro andar, filho legítimo de Lourenço Rodrigues de Mattos, natural de Castello Branco e de Dona Gertrude da Piedade Lopes de Chendouloa e Mattos natural desta capital e ella de trinta anos de edade, solteira, natural e baptizada na Freguesia de Nossa Senhora Senhora dos Martyres desta cidade, minha parochiana e moradora no Largo do Rego, número nove, filha legítima de Caetano José de Oliveira Roxo natural do Rio de Janeiro e de Dona Guilhermina Amalia Lima Roxo natural de Lisboa: os quaes nubentes se receberam por marido e mulher por palavras de presente, depois de dado mutuo consentimento e eu o Prior desta freguesia os uni em matrimonio procedendo em todo este acto conforme o rito da Santa Madre Igreja Catholica Apostolica Romana. Foram testemunhas presentes que sei serem os próprios João Carlos Rodrigues da Costa, viúvo, tenente coronel de artilheria numero um, morador dna rua do sal ao Reto, numero quarenta e três, primeiro andar, Francisco dos Reis Stromp, casado, medico, Dona Guilhermina Amalia Lima Roxo, mãe da cônjuge e Dona Elisa Lima Stromp, mulher da segunda testemunha, moradora no Largo do Intendente desenove, primeiro andar. O para  constar se lavrou em duplicado este assento que depois de ser lido e conferido perantes os cônjuges e testemunhas, comigo assinaram,

Filha de Caetano, Elisa

filha 2 e dedicatória

Filha de Caetano do primeiro casamento

CASAMENTO DE ELISA

final casamento rita candida p

final casamento elisa roxo p

Aos quatorze dias do mês de fevereiro do anno de mil oitocentos oitenta e sete nesta Egreja Parochial de São Sebastião da Pedreira, concelho e cidade de Lisboa, Diocese Patriarchal, na minha presença compareceram os nubentes Francisco Reis Stromp e Dona Elisa Lima de Oliveira Roxo, que sei serem os próprios, com todos os papeis de estylo correntes, tendo a autorização do Reverendissimo Arcebispo de Mitylene Provido e Vigario Geral de Patriarchado e por sem impedimento algum canônico ou civil para o casamento: elle de edade de vinte e oito anos solteiro, Medico, natural e baptizado na freguesia da Sé de Faro, parochiano da freguesia dos Anjos e morador no largo do Intendente numero dezenove primeiro andar, filho legitimo de João dos Reis Lopes Stromp, de Dona Maria Amalia Machado dos Reis, ambos naturais de Faro,Ella de edade de vinte e cinco anos, solteira, natural  e baptizada na freguesia dos Martyrios, parochiana desta de São Sebastião e moradora no Largo do Rego numero nove, filha legitima de Caetano José de Oliveira /roxo, natural do Rio de Janeiro, de dona Guilhermina Amalia Lima Roxo, natural de Lisboa, os quais nubentes receberam por marido e mulher por palavras de presente, depois de dado o mutuo consentimento vosso conego honorário João Bento (…) Prior desta freguesia os uniu em matrimono procedendo em todo conforme o rito desta Madre Santa Egreja Catholica Apostolica Romana . Foram testemunhas presentes, que sei serem os próprios, Jose Rodrigues Lopes de Mendonça e Mattos, solteiro, primeiro tenente de artilharia numero um, morador no Largo do Chafariz de Dentro numero dezenove terceiro andar Freguesia de São Miguel de Alfama, Isodoro Nogueira de Azevedo, solteiro, Medico cirurgião morador no largo de São Roque numero 36 primeiro andar Freguesia de Sacramento e Dona Guilhermina Amalia Lima Roxo, mãe da cônjuge, moradora no Largo do Mofo numero 9. E para constar lavrou-se  em duplicidade  este assento que depois de ser lido e conferido perante os cônjuges e testemunhas commigo assinaram. Era ut supra.

BATIZADO DE GUILHERMINA  AMALIA LIMA ROXO

Aos dezoito dias do mez de maio do anno de mil oitocentos e cessenta e cinco nesta Igreja Parochial de Nossa Senhora dos Martyres, concelho do Bairro Rocio Concelho Eclesiastico do Patriarchado de Lisboa eu o prior encomendado desta mesma Igreja, o Doutor Antonio Marques Fragoso Paes, baptIzei solenemente hum individuo do sexo feminino a quem dei o nome de Gulhermina que nasceo na freguesia de Nossa Senhora do Amparo de Bemfica às doze horas da manhã do dia quatorze de Março do corrente anno, filha legítima primeira do nome, de Caetano Jose de Oliveira Roxo Junior, negociante, natural do Rio de Janeiro, e de dona Guilhermina Amalia Lima Roxo, natural e baptizada nesta freguesia de Nossa Senhora dos Martyres, recebidos na mesma e Parochiannos na mesma moradores no Largo do Corpo Santo, neta paterna de Caetano José de Oliveira Roxo, e de Dona Ritta Maria de Oliveira Roxo, e Materna de Thomas Jose Pereira Lima, e de Dona Mariana Ritta Lima, foi Padrinho Raymundo Breves de Oliveira Roxo, solteiro, negociante e Madrinha Dona Maria Carolina Lima Serzedello, cazada, Tia Materna da baptizada. E para /constar lavrei em duplicado este assento que depois de ser lido e conferido perante os Padrinhos commigo assignarão (…)

BATIZADO GUILHERMINA

BATIZADO GUILHERMINA FINAL

cartão caetano

cartão caetano 2

Caetano Jose de Oliveira Roxo se tornou o padastro de Deolinda, quando se casou aqui no Brasil com Maria Henriqueta Neuville Cardoso, Filha de Josephina Neuville e Francisco Populaire, Maria Henriqueta Neuville se casou em Portugal com José Candido Cardoso e veio para o Brasil trazendo a filha Deolinda Cardoso, aos 5 anos.

Aqui no Brasil casou-se com Caetano José de Oliveira Roxo Filho, adotando o nome de Maria Henriqueta Cardoso Roxo (nem sempre o nome dela aparece assim).

Cartão de Caetano de Oliveira Roxo para Deolinda, sua enteada, filha de Maria Henriqueta Cardoso Roxo.

Pelo cartão se depreende que ele escreveu um texto e enviou para a enteada corrigir, donde se conclui que ela já era “escritora”!

Transcrição do cartão:

remete a boa Deolinda o conto junto “plagiato do C’est egal” bote-lhe sal pimenta  – tempere-o enfim se lhe pareces que vale a pena. Vai a borrão…e o que eu duvido é que seja capaz de decifrar as…garatujas- Saudades e lembranças de todos e já todos de saude bem.Caetano

Segundo casamento com Maria Henriqueta Neuville, nascida em Portugal em 1850 e falecida em São Geraldo 15/07/1914. Filha de Jorge Neuville e Josephina Neuville, nascidos na França.(segundo o atestado de óbito) Pelo atestado de casamento o pai era Francisco Populaire

Maria Henriqueta Neuville foi casada em 1ª núpcias em Portugal, e teve uma filha Deolinda Cardoso, que veio com ela para o Brasil, quando se enviuvou em Portugal.

pai de deolinda e dedicatoria

José Cardoso, primeiro marido de Maria Henriqueta Neuville, pai de Deolinda Cardoso Dedicatória: A minha filha Deolinda offerece como prova de amor e affecto o seu pai muito amigo Jose Cardoso

Informações de José Cardoso, que me foram transmitidas por Isabel Meneses, de Portugal, que entrou em contato através do nosso Blog

GENEALOGIA DE JOSÉ CANDIDO CARDOSO

Joaquim Duarte Cardoso (n. 24 de Maio de 1814 em Montemor, Loures) e Antónia da Conceição (Golegã, Santarém) casaram em Lisboa (Freguesia de Santa Catarina) em 23 de Julho de 1842.

Eram pais de: 1 – Agostinho Maria Cardoso (n. 05 de Julho de 1844 nas Mercês, Lisboa)

2 – José Cândido Cardoso (n. 03 de Outubro de 1846 na Freguesia de Santa Catarina, Lisboa) PAI DE DEOLINDA CARDOSO

3 –  António Maria Cardoso (n. em 05 de Maio de 1849 Freguesia de Santa Catarina, Lisboa).

OUTROS PARENTES:

Joaquim Duarte Cardoso era filho de Domingues Duarte (n.?) casou com Ana Maria Cardoso cerca de 1813 (os registos de casamento têm falhas e não se consegue saber a data certa).

Ana Maria Cardoso (n. 31 de Janeiro de 1774 em Montemor, Loures) casou pela primeira vez em 29 de Abril de 1801, com Matias Francisco (n. em 22 de Julho de 1771)

Tiveram António Francisco Cardoso (n. 31 de Outubro de 1806 em Montemor, Loures) entre outros filhos.

Este casou com Joaquina Maria Ribeiro em 11 de Agosto de 1834. Tiveram 7 filhos, entre os quais Augusto Francisco Cardoso (n. 23 de Junho de 1842 em Caneças, Loures). Este era meu Bisavô a quem António Maria Cardoso ofereceu a foto que ambas possuímos. (Isabel Meneses)

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Certidão de casamento de Jose Candido Cardoso e Maria Henriqueta Neuville, pais de Deolinda Cardoso – em 28/12/1870 em Lisboa (conseguida na Torre do Tombo, Lisboa, pela nossa amiga colaboradora Isabel Meneses) Nesta certidão consta como pai dela Francisco Populaire, primeiro marido de Josephina Neuville.

Copiando a certidão de Casamento acima:

Aos vinte e oito do mês de dezembro de 1873 nesta Igeja Parochial de São Paulo, Bairro Occidental e Patriachado de Lisboa, na minha presença comparecerão os Nubentes Jose Candido Cardoso e D. Maria Henriquetta Neuville, ambos solteiros os quaes sei serem os próprios com Provisão de Sua Heminencia apreguado pelo Excelentíssimo Reverendissimo Senhor Arcebispo de …Vigario Geral do Patriarchado de dispensa das prochlamas e sem impedimento algum comunico ao civil para o casamento, elle de edade de vinte e sete anos empregado no Banco União do Porto, natural a Freguesia de Santa Catarina e morador na dos Anjos, na Rua das Olavias numero 49, filho legitimo de Joaquim Duarte Cardoso, natural da Freguesia de Santa Maria do Loures e D. Antonia da Conceição, natural de Nossa Senhora da Conceição da Galegã,  e ………… de vinte e dois anos e natural da freguesia de Nossa Senhora da Conceição desta Lisboa e moradora nesta São Paulo na Rua da Boa Vista numero cento e quarenta e dois terceiro andar, filha legitima de Francisco Populaire, batizado na Igreja de São Custodio de Paris e D. Josephina Neuville Populaire, natural de Freguesia de São Jose ……do Rio de Janeiro Imperio do Brasil os quais nubentes se….

( o final da certidão que está na página com as assinatura não consegui traduzir…)

irmão de maria neuville

CORREÇÃO DAS INFORMAÇÕES SOBRE O PERSONAGEM DESTA FOTO

Este trabalho está me trazendo muitas alegrias, as informações aparecem de forma inesperada! Estas informações me foram transmitidas por Isabel Meneses, que fez contato através do Blog, a quem agradeço muito.

 

dedicatoria tio deolinda

Dedicatória da foto acima para a sobrinha Deolinda Cardoso 10 de fevereiro de 1895

António Maria Cardoso

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

António Maria Cardoso
António Maria Cardoso em 10 de Março de 1895 (autografada)
Outros nomes A. M. Cardozo, A. M. Cardoso
Nascimento 5 de maio de 1849
Lisboa
Morte 17 de novembro de 1900 (51 anos)
Lisboa
Nacionalidade  portuguesa
Ocupação Oficial da Marinhadeputado e explorador

António Maria Cardoso, (Lisboa5 de Maio de 1849 — Lisboa, 17 de Novembro de 1900) foi um oficial da Marinha Portuguesadeputado e explorador em África, na segunda metade do século XIX.[1]

Biografia

António Maria Cardoso nasceu em 5 de Maio de 1849, em Lisboa.[2]

Em 1882, na companhia de outro explorador, João de Azevedo Coutinho, realizou uma expedição cujas conclusões foram publicadas pela Sociedade de Geografia de Lisboa.[3]

António Maria Cardoso foi também celebrado pela sua exploração “ao Nyassa e ao Mataca“, terminada em 1889.[2]

Foi eleito deputado em 1890.[1]

Entre outras honrarias, recebeu a Medalha de Ouro de Serviços no Ultramar e foi feito Comendador da Ordem da Torre e EspadaOrdem de Cristo e da Ordem de Aviz, para além Comenda da dinástica Ordem da Conceição.[2]

Em Novembro de 1895 passou a Capitão-de-fragata.[2]

António Maria Cardoso morreu em 17 de Novembro de 1900, em Lisboa.[2]

Em Lisboa existe uma rua com o seu nome, onde em tempos esteve localizada a sede da extinta PIDE, a polícia política portuguesa do Estado Novo.[4]

Referências

  1. Ir para:a b António Maria Cardoso no Projecto Marcas das Ciências e Técnicas pelas Ruas de Lisboa da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Acesso 2011-10-02
  2. Ir para:a b c d e «A nossas Gravuras : António Maria Cardoso». (Inclui fotografia). O Occidente º 789. 30 de Novembro de 1900. pp. 0261, 0262. Consultado em 2016-06-01.
  3. Ir para cima↑António Maria Cardoso, «Expedição às Terras de Muzilla – 1882», in Boletim da Sociedade de Geografia de Lisboa, Lisboa, 7ª Série, nº 3, 1887, pp. 153 – 240.
  4. Ir para cima↑Rua António Maria Cardoso no Projecto Marcas das Ciências e Técnicas pelas Ruas de Lisboa da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Acesso 2011-10-02

Ligações externas

mapa-africa

mapa-africa-1

https://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B3nio_Maria_Cardoso

noticia da morte de Antonio.jpg

A notícia completa do falecimento do Antonio Maria Cardoso na pag.206 da publicação O Ocidente, de 30 de novembro de 1900.(Pesquisa de Luzia Roxo Pimentel)

http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/Ocidente/1900/N789/N789_item1/P2.html

antonio-maria-cardoso

António Maria Cardoso

falecimento-de-antonio-maria

antonio-maria

Foto de Antonio Maria Cardoso, do meu acervo. Esta foto foi feita na Índia

antonio-na-india

agostinho-jazigo

Jazigo de Agostinho Cardoso, irmão de José Candido Cardoso (Pai de Deolinda)

agostinho-cardoso

Agostinho Cardoso comandando a tropa na inauguração de um monumento (colaboração de Isabel Meneses).

Foto de Agostinho  Cardoso de minha propriedade, do acervo que me foi dado pela Tia Ena:

agostinho-cardoso

envelope-agostinhoenvelope-agostinho-1

Envelope da foto: Foi enviada para o marido de Deolinda Cardoso.

INFORMAÇÕES DE CAETANO DE OLIVEIRA ROXO FILHO – nosso bisavô

Caetano era agrimensor, formado em Portugal, onde foi estudar, levado por seu irmão José Breves, quando tinha 13 anos.

Retornando ao Brasil, teve relações de trabalho com seu tio Mathias (Barão de Vargem Alegre) que o auxiliou no início da vida adulta. Mantinha sua biblioteca e hábitos de fino trato, mesmo morando em habitações modestas, em zonas pioneiras onde era exigido seu trabalho de agrimensura.

Teve uma fazenda em Juiz de Fora, depois de vendê-la, comprou uma fazenda em São Sebastião da Estrela, onde faleceu.( Não tenho certeza se essa informação procede!)

compra da fazenda

Compra da fazenda em Juiz de Fora em 1880

henriquetta

Maria Henriqueta Neuville ( Aqui no Brasil usava  Maria Cardoso Roxo) – foto cedida por Luzia Roxo Pimentel

1 . Caetano José de Oliveira Roxo Filho e Maria Henriqueta Neuville tiveram 5 filhos:

1.1    Antonio de Oliveira Roxo (Nininha)

1.2    Caetano de Oliveira Roxo (Neo)

1.3    Cesário de Oliveira Roxo

1.4    Júlia de Oliveira Roxo (nossa avó)

1.5    João de d’Oliveira Roxo (Jota)

Por onde começar?

Penso que a figura de nossa bisavó paterna – Maria Henriqueta Neuville Cardoso que, após o casamento com nosso bisavô, tornou-se Maria Cardoso Roxo, se impõe, não só por ser a ancestral de quem temos mais relatos, mas por ter deixado uma impressão bastante especial nos netos que a conheceram, como papai e tia Ena.

maria cardoso 1

Maria Henriqueta Neuville, depois do primeiro casamento em Portugal, passou a assinar Maria Cardoso e, após o segundo casamento com Caetano José de Oliveira Roxo Filho, já aqui no Brasil, passou a assinar Maria Cardoso Roxo

Francisco Augusto Neuville

Sobrinho e afilhado de Maria Henriqueta Neuville – Lisboa – Janeiro de 1882, filho de sua irmã Clementina

francisco e dedicatoria

No Brasil, Maria Cardoso casou-se com Caetano José de Oliveira Roxo Filho, também viúvo de uma portuguesa com quem teve três filhas que ficaram em Portugal.

Caetano era engenheiro, formado em Portugal, agrimensor, transitava por várias cidades, contratado para demarcar territórios e limites que, até então, eram muito imprecisos. Tenho alguns livros que foram dele e que o Tio Lino (marido da Tia Ena, irmã do papai) deu para a Regininha e Guilherme.

Contam que Maria e Caetano tinham hábitos requintados. Mesmo morando em casas humildes, pelas cidadezinhas por onde andaram em virtude de seu trabalho, nunca deixaram de usar baixelas de prata, cristais e guardanapos de linho.

Consta que tiveram uma fazenda em São Sebastião da Estrela e depois em Juiz de Fora, mas não sei precisar bem onde era.

Com a morte de Caetano, Maria veio viver em São Geraldo, onde morava sua primeira filha, a portuguesa Deolinda, que já se casara com um chefe de estação da Leopoldina, José Cardoso.

Interessante é que o pai de Deolinda também se chamava José Cardoso!

deolinda e a mãe

Maria e Deolinda em São Geraldo

Elas cultivavam um círculo muito grande de relações, comprovadas pelos cartões, cartas e fotos do acervo de Tia Ena. Quando Deolinda ficou viúva, as duas empreenderam uma criação de bicho da seda e uma torrefação de café, o que não era comum nas mulheres daquela época, quase todas analfabetas e excluídas de qualquer atividade fora do lar.

Antonia Cardoso

Irmã do primeiro marido de Maria Henriqueta Neuville, o pai de Deolinda

Eram muito cultas e Deolinda, quando se mudou para Juiz de Fora, escreveu artigos em vários jornais, principalmente o Diário Mercantil. Participava de concursos literários, vi na Tia Ena um conto que ela mandou para um concurso de literatura do Jornal Estado de Minas, de Belo Horizonte.

Augusto macedo com dedicatoria

Amigo e compadre de Maria Henriqueta Neuville – 14 de setembro de 1873

COLABORAÇÃO DE LUZIA ROXO PIMENTEL, NETA DE JOÃO ROXO d’OLIVEIRA ROXO

De acordo com as últimas pesquisas do Eduardo Dias Roxo Nobre, os pais da nossa bisavó, Dª Marie Henriette de Neuville Cardoso Roxo, Jorge e Josephine Neuville são originários da cidade de Verviers, próximo a Liege, região da Valônia, Bélgica. Não são de origem francesa, como se acreditava anteriormente.
Nossa tetravó, Dª. Josephine de Neuville (1825) aparece como escritora em sites literários portugueses e autora do seguinte livro cadastrado assim na Base Nacional de Dados Bibliográficos de Portugal:

Neuville, Josephine, 1833 – Título: Memórias da minha vida : recordações de minhas viagens
Atualmente, o livro faz parte dos acervos das seguinte bibliotecas: Biblioteca Nacional de Portugal, Biblioteca Nacional da Marinha e Biblioteca da Universidade Católica de Portugal. Foi publicado em Lisboa em 1864.

LIVRO FOI A LEILÃO

O Manuscrito das Memórias (com os 2 volumes em um) encadernado em pele, foi a leilão em novembro de 2005.

Lote -657

NEUVILLE (Josefina). – MEMORIAS da Minha Vida: Recordações de Minhas Viagens […]. – Lisboa:

TypoTypographia do Panorama, 1864.-2v.em1.;220mm Encadernação com lombada e cantos em pele da época; ligeiramente aparado; acidez.

≠25-45

http://www.nova-eclectica.com/images/leiloes/S000.pdf

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http://www.nook-library.com/eBooks/WPLBN0001860926-Memorias-Da-Minha-Vida–Recorda-es-Da-Minhas-Viagens-by-Josephina-Neuville.aspx?

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Descobertas da Luzia:

LIVRO VENDIDO NOS EMIRADOS ÁRABES

http://uae.souq.com/ae-ar/memorias-da-minha-vida-recordacoes-de-minhas-viagens-by-josephina-neuville-paperback-13970742/i/

Livro emirados arabes

Memorias Da Minha Vida, Recordacoes de Minhas Viagens by Josephina Neuville – Paperback

uae.souq.com

AUSTRÁLIA

Abaixo o link para o site Mighty Ape que está vendendo o livro da Tetra na Austrália….!!!!

Livro vendido da Australia

https://www.mightyape.com.au/product/memorias-da-minha-vida-recordaes-de-minhas-viagens-paperback/6668574

LIVRO VENDIDO NA NORUEGA

O site da Universidade Cappelen Damm de Oslo/Noruega tb está  anunciando os livros da Tetra.

https://www.cappelendammundervisning.no/forfattere/Neuville,%20Josephina

lIVRO VENDIDO NORUEGA

Forfatter Josephina Neuville. Bøker, lydbøker, biografi og bilder | Cappelen Damm Undervisning

http://www.cappelendammundervisning.no

Kjøp bøker av Josephina Neuville.

NOVAS EDIÇÕES DO LIVRO DE JOSEPHINA NEUVILLE

capa reino unido

Edição no Reino Unido

CAPA nova josephina

Edição nova em Portugal

capa russia

Edição na Rússia em português

Fiquei interessada na nova informação e resolvi investigar os Neuvilles de Verviers, Bélgica. Queria descobrir se ainda existe a casa dos nossos tetravós, como seria, em que ano e porque foram para Portugal. Não consegui nada… Em Verviers há Neuvilles aos montões.
Então resolvi investigar os Neuvilles de Portugal. Deu certo. Encontrei um site chamado http://www.nosportugueses.pt/pt/apelido 5957/neuville, que dá acesso aos arquivos da Torre do Tombo, com os nomes e “apelidos” (sobrenomes) de famílias portuguesas.
Em Portugal, encontrei os seguintes Neuvilles, que talvez sejam nossos parentes …

Aline Marie Georgette Neuville, 1865 /
Carlos Neuville, 1825 (provavelmente o irmão da Josephina Neuville, nossa Tetra Avó )
Dª Clementine Neuville, 1845/
Domingos Luiz Neuville, 1860
Eugenia Neuville, 1885/
João Neuville, 1730 (o mais velho da turma) /
Josephine Neuville, 1825 ( a nossa tetravó, escritora e mãe da Dª Maria Henriquetta)

Quando o casal C.G. Neuville  e Leweuce Neuville veio para o Rio de Janeiro, trouxe um casal de filhos , a Clementina e o Carlos. No Rio eles tiveram mais 3 crianças, a Josephina, o Eli e a Elizabeth (no parto desta última a mãe faleceu).
Dª Maria Henriquetta Neuville , 1850 ( a nossa bisa).

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Certidão de casamento de Josephina Neuville com Francisco Populaire em 30 de maio de 1840 (conseguida na Torre do Tombo, Lisboa, pela nossa amiga colaboradora Isabel Meneses)

Transcrição da certidão feita por Luzia Roxo Pimentel

No dia trinta de Maio de mil oitocentos e quarenta e dois daqui de prontos e um dispensador, outros quantos por sua Exm vez de Constituição deste Patriarchado na minha presença data de…….. deixo abaixo assinados nesta Igreja de N. Sra. dos Mártires em Lisboa receberão por Marido e Mulher Francisco Populaire filho de Pedro Populaire e de Maria Francisca Pivaior Populaire batizado na Igreja da Boa Nova na França e D. Josefina Neuville filha de Joze Gant Neuville e de Lambertina Lassence Neuville batizada na frequesia da Se do Rio de Janeiro e moradora nesta freguesia de N. Sra da Conceição Nova desta cidade forão testemunha presemtes Q juntas assinarão

Hurvaÿ Amado Martins e Raymunthe Brent e por Frant.Ant Prezado .

Abaixo o link para o 2º volume do livro “Memórias da minha vida e recordações das minhas viagens”, de Josephina de Neuville, nossa tetravó.

https://archive.org/details/memoriasdaminha03neuvgoog

NOVIDADE: Os livros foram reeditados em 2010! Vejam as capas!

livro-da-josephina-2010

volume-2

MAIS INFORMAÇÕES SOBRE O LIVRO: COLABORAÇÃO DA LUZIA ROXO PIMENTEL

* Abaixo, o link do arquivo histórico Brasiliana mostrando que os livros da JOSEPHINA foram usados pelo escritor Pedro Calmon, na sua obra “A vida de Pedro II, O Rei Filósofo” , na edição do centenário do  rei.

http://www.brasiliana.com.br/obras/o-rei-filosofo-vida-de-d-pedro-ii/pagina/460/texto

Brasiliana | O rei filósofo: vida de D. Pedro II – Página: 460

http://www.brasiliana.com.br/obras/o-rei-filosofo-vida-de-d-pedro-ii/pagina/…/texto

Josefina Neuville, Memorias da minha Vida, Lisboa, 1864.

MAIS INFORMAÇÕES SOBRE OS ROXO

Mais algumas informações compartilhadas pela Luzia Roxo Pimentel

No livro Os Nobres do Brasil, de Fernando Carvalho Neto, nossos parentes são citados, bem como seus brasões e a data do decreto em que receberam seus títulos (pgs 123 e 193)

Abaixo, os nomes deles e os brasões de barão do Mathias (2 títulose do José Gonçalves e de visconde do Luiz Otávio.

No Museu Imperial de Petrópolis, RJ está em exposição um prato de porcelana que foi da baixela do Mathias e contem o brasão dele. Lembro que o desenho é cercado por um ramo de oliveira , de um lado, e um ramo de café, do outro. O lema deles era “VIRTUTI ET LAVORI”.  Já vi este prato. É lindo!

Temos os seguintes parentes com título de nobreza:

oliveira_roxo

Mathias Gonçalves de Oliveira  Roxo-  Barão de Oliveira Roxo

vargem_alegre_1

Mathias Gonçalves de Oliveira Roxo – 1º Barão de Vargem Alegre

guanabara

José Gonçalves de Oliveira Roxo – Barão de Guanabara.

vargem_alegre_2

Luiz Otávio de Oliveira Roxo – 2º Visconte de Vargem Alegre

MAIS INFORMAÇÕES DA LUZIA ROXO PIMENTEL

Abaixo os links para os livros onde a Josephina  é citada. Achei o nome da mãe dela. É Sra. Laweuce. Belga total. Acho que a pronúncia é Luíce. No livro de memória o sobrenome dela é Lascelles (Laweuce Lascelles) bem bonitinho.

http://www.historia-bahia.com/bibliografia/sacramento-blake/blake-vol-5.pdf

1850, e doutor em medicina pela faculdade do Rio de Janeiro, viajou pela Europa …… As escolas publicas da c61’te do Imper’io do Brasil no anno de. I8í3. Relatorio …… D. Josephina Neuville – Filha de C. G. Neuville e da. Sra. Laweuce …

[PDF] http://www.brasiliana.usp.br/bitstream/handle/1918/00295750/002957-5_COMPLETO.pdf Baixar – Brasiliana USP

http://www.brasiliana.usp.br/bitstream/handle/1918/00295750/002957-5_COMPLETO.pdf

Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul e exerceu a advocacia na corte. Escreveu, além de …… As escolas publicasda corte do Império do Brasil no anno de. 1873. …… J o s e p h i n a N e u v i l l e — Filha de C. G. Neuville e da. Sra. Laweuce …

http://ptdocz.com/doc/1411568/baixar—brasiliana-usp Baixar – Brasiliana USP – PtDocs.com

ptdocz.com/doc/1411568/baixar—brasiliana-usp

Rio de Janeiro, 1883, 50 . pags. in-12 0 — Discursos proferidos nas sessões de 1, 10 e 24 de julho …… As escolas publicas da corte do Império do Brasil no anno de 1873. …… J o s e p h i n a N e u v i l l e — Filha de C. G. Neuville e da Sra. Laweuce.

DICIONARIO BIBLIOGRÁFICO BRAZILEIRO

https://upload.wikimedia.org/wikipedia/…/Diccionario_Bibliographico_Brazileiro_v5.pd…

1850, e doutor em medicina pela faculdade do Rio de Janeiro, viajou pela Europa …… As escolas publicas da c61’te do Imper’io do Brasil no anno de. I8í3. Relatorio …… D. Josephina Neuville – Filha de C. G. Neuville e da. Sra. Laweuce …

Continuei curiosa em saber mais sobre a nossa tetravó, a escritora Josephina Neuville, e consegui encontrar o link para um capítulo do livro dela, publicado na revista portuguesa A Ilustração, de 16/3/1938. Vale a pena!

capa-da-revista

Está nas páginas 18, 19 e 20 da revista e o título é  LISBOA HOITENTA ANOS / CURIOSAS REVELAÇÕES DE JOSEFINA NEUVILLE PROVANDO QUE OS HOMENS DE HOJE NÃO MELHORARAM EM COISA ALGUMA (está logo depois do artigo China Moderna).

artigo

livro-fim

Artigo de Josephina Neuville na Revista

A Revista trás também um artigo muito interessante sobre o Museu Mariano Procópio em Juiz de Fora

“Maravilhas a admirar

Um dos belos Museus do Mundo em uma cidade da Província Brasileira”

museu-mariano-na-revista

É fácil de ler em PDF ampliando para 190%.

josefine-e-henriqueta

quadro que está na matéria com o nome: Mãe e filha

É bem interessante e tem mais informações do que no livro que está na New York Public Library. Tem várias ilustrações, inclusive uma chamada “Mãe e filha” (não sei se é ela, mas pode ser porque em um outro capítulo ela menciona que tinha mandado fazer o retrato).  Neste  capítulo que aparece na revista,  ela conta que o deputado Jacinto Santana de Vasconcelos a ameaçava de espancamentos e murros, lhe tomava dinheiro e batia na Mariquinha (a nossa bisavó. acho). Que horrível!!!

LUZIA ROXO PIMENTEL, descobre mais notícias sobre a Josephina Neuville!

Nova informação: em abril de 2017 : A livraria de New Delhi, Índia que estava vendendo os livros da Josephina Neuville por US$11, com transporte e entrega grátis, via New York, comunicou que os livros  ESGOTARAM!!!

O Livro Memórias da minha vida: recordações das minhas viagens anunciado na Rússia!

Link:

http://www.ozon.ru/context/detail/id/26922308/

livro-na-russia

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Na hemeroteca de Lisboa ,  Revista Brasil/Portugal, de 1904 , no artigo Chronica, de J. Barbosa Colen, Josephina Neuville é mencionada na pág 3, no parágrafo ” O Baile de Máscaras – foi-se”

Veja também as “socilites’ da época e suas fantasias… super chiques…

brasil-portugal

http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1904_1905/N122/N122_master/N122.pdf

cronica

cronica-1

cronica-2

cronica-3

A crônica onde Josephina Neuville é citada, veja no último parágrafo

Pesquisei mais um pouco e encontrei referências a Josephina. Estão em um artigo muito interessante sobre  Moda Portuguesa , na Revista de Artes Decorativas  n° 6  2012 / 2014 . Há tb referência a casa de mods da Tia Clementina, Mme Levaillant.

http://citar.artes.porto.ucp.pt/sites/default/files/files/artes/CITAR/Edicoes/RAD_06.pdf

revista-do-porto
Último parágrafo da página 220

“A sobrinha da modista Madame Levaillant, Josephine Neuville, referindo- -se ao ambiente do atelier e armazém de sua tia onde circulavam muitas costureiras e onde se convivia com intrigas e maledicências, descreve-as como mulheres de conduta duvidosa, que ambicionavam uma vida melhor, suportada pelas opulências de homens riquíssimos que não conseguiam resistir às suas seduções (85). Estas casas de modas e ateliers, por vezes, também serviam para proporcionar encontros de algumas clientes casadas com os seus amantes, como a da modista Madame Olivier Botto.

As costureiras e as modistas eram alvo das conquistas dos janotas, «Às portas da modista Levaillant, da modista Aline, a janotaria sustentava nutrido fogo paras as janelas da modista Lombré, (…) do cabeleireiro Baron, onde Madame Baron servia de alvo e para as da modista Levaillant, onde mademoiselle Pauline era o ponto de mira da buliçosa mocidade»87. As modistas portuguesas, percebendo o êxito das suas colegas estrangeiras e para atraírem mais clientela e estimular o seu negócio, contratavam costureiras francesas e publicitavam-no88. Tentavam reclamar para os seus estabelecimentos o glamour dos gabinetes franceses. Por vezes, estas profissionais afrancesavam o nome, ou mesmo acrescentavam a palavra Madame, Madama, Mademoiselle, para atrair uma maior atenção do público

Achei tb na mesma revista referências a Tia Clementina  Levaillant (a malvada).

clementine

clementine-1

clementine-2

Pag 216, 217, 220

A casa da Modista Levaillant

Pág. 216
“Os casais de negociantes da época estavam unidos, não só pela união das alianças, mas também pelo gosto pela moda. O marido da reputada modista Madame Clementine Levaillant, Pedro Estanislau Levaillant, por exemplo, intitulava-se como modisto (66), que podia ter dois significados: aquele que confecionava roupas femininas profissionalmente ou dirigia um atelier de costura ou, ainda, marido ou companheiro de modista.

Madame Levaillant veio trabalhar para o atelier da ilustre Madame Mariana Burnay (73), como costureira, acabando por criar o seu próprio negócio. A partir de 1830, a modista parece ter rivalizado com a sua congénere.

Muitas destas profissionais intitulavam-se e anunciavam a sua atividade acrescida da honorável distinção da Casa Real, Sua Alteza Sereníssima a Senhora Infanta D. Isabel Maria, de Sua Alteza Real, Modista da S.A. Serenissima Infanta D. Maria d’Ássumpção e mais Serenissimas Infantas, etc., o que demonstrava que tinham conseguido atingir a notoriedade a que se propunham: servir os elementos femininos da Casa Real. Algumas modistas até tiveram o privilégio da utilização das armas reais nas suas casas ou estabelecimentos. Madame Sardin, Cecília Gerard, Madame Levaillant, Madame Burnay ou Madame Huguet, foram entre outras, as que viram reconhecidas os seus serviços (75)

A exteriorização dos privilégios concedidos estendia-se à utilização das armas reais, que podiam ser multiplicadas em diversos materiais gráficos, como caixas, folhetos, faturas, cartões, catálogos, placas nas fachadas das suas lojas, como o caso de Madame Levaillant .

OS ROXO – FAMÍLIA DA AVÓ PATERNA

Aproveito aqui os dados do livro João Roxo e seus descendentes, de Eduardo Dias Roxo Nobre, uma bem documentada genealogia dos ROXO, cuja origem é Portugal, Século XVIII, Freguesia de Santa Eulália de Pensalves, Concelho de Vila Pouca de Aguiar, Traz os Montes.

Para quem se interessar por mais informações e detalhes, o livro está disponível na internet www.joaoroxoedescendentes.com

Começando pelos avós de Júlia Roxo da Motta, nossa avó paterna:

caetano

1 – Caetano José de Oliveira Roxo – foto cedida por Luzia Roxo Pimentel

Nasceu em 1813, em Santa Eulália de Pensalves, Conselho de Vila Real – Portugal. Chegou ao Brasil em 13/02/1832, com 19 anos. Ele já tinha um irmão aqui no Brasil, Mathias Gonçalves de Oliveira Roxo.

Esse irmão casou-se com Joaquina Clara de Jesus, filha do Barão de Pirai e se tornou Barão de Vargem Alegre, por ter colocado a sua fortuna à disposição do Imperador do Brasil por ocasião da Guerra do Paraguai.

Recebeu também o Título de Grande do Império e Comendador da Ordem de Cristo, constando que, em 1854 era o maior fazendeiro do Império, constando que em suas fazendas existiam mais de 1500 escravos.

Caetano foi viver na região do irmão Matias e também progrediu, tendo recebido o título de Comendador por ter sido o precursor do envio de leite gelado à Corte.

Casou-se com Rita Maria Alves, nascida em Dores do Piraí, filha de Caetano Alves de Oliveira e Maria Florinda da Silva,

Faleceu em Porto, Portugal, em 22 de julho de 1867, e lá foi sepultado.

No inventário de seus bens aberto no Rio de Janeiro constam, entre outros, os seguintes bens: 19 imóveis no Rio de Janeiro, 35 escravos (em sua maioria pedreiros e carpinteiros) Ações da Cia Brasileira de Paquetes e Vapor, todos os bens avaliados 602 mil contos de reis!

Caetano José de Oliveira Roxo e Rita Maria Alves tiveram 4 filhos:

1 – Caetano José de Oliveira Roxo Filho (pai de Júlia, nossa avó)

2 – José Breves de Oliveira Roxo

3 – Maria Thereza de Oliveira Roxo

4 – João  d’Oliveira Roxo

carta de caetano pai

Carta de Caetano de Oliveira Roxo para o filho Caetano José de Oliveira Roxo Filho em 1860

gremio

Descobri, pesquisando os jornais da época, na hemeroteca  digital da Biblioteca Nacional, uma informação interessante. Vejam:

largo dos leões comprado por Caetano Roxo, deve ser o pai arquivo publico sd

INVENTARIO DE CAETANO

inventario caetano pai

Recebi esta informação de Antonio Ribas de Portugal

“Caetano José de Oliveira Roxo era neto materno do meu sexto avô Jose Gonçalves Maduro (1749,1837).
A informação que eu tenho é que Caetano José nasceu em Pensalves a 7/10/1810.
Ele apadrinhou, juntamente com a mulher, no Porto em 1852, uma filha Rita da minha quarta avó, Carlota Joaquina Maduro (1814,1879), sua prima direita.
http://pesquisa.adporto.pt/viewer?id=491156 Imagem 167.tif
Cmpts
António”

Informação sobre Caetano Roxo

Imagem do arquivo citado acima, certidão de batismo com assinatura de Caetano José de Oliveira Roxo e sua esposa Rita Maria de Oliveira Roxo, como padrinhos de Rita.

Clube em Elvas, Portugal, 1879

CAETANO

Caetano José de Oliveira Roxo Filho

As certidões de casamento abaixo foram enviadas por Isabel Menezes, de Portugal, que tem nos ajudado nesta pesquisa.

CERTIDÃO DE CASAMENTO DE CAETANO

casamento caetano e guilherminap

Certidão de casamento de Caetano e Guilhermina

No dia vinte e hum de Septembro de mil e oitocentos e cincoenta e seis Nesta Igreja de Nossa Senhora dos Martyres presentes todos os papéis de estilo na forma do Sagrado Consilio de (…) e pela Constituição do Patriarchado na minha presença e das testemunhas abaixo declaradas e assignaladas receberão por Marido e Mulher Caetano Jozé de Oliveira Roxo Junior, filho de Caetano Jozé de Oliveira Roxo e D.Rita Maria de Oliveira Roxo, baptizado naFreguezia de Nossa Senhora das Dores da cidade do Rio de Janeiro e Dona Guilhermina Amelia Lima filha de Thomas Joze Pereira Lima e Dona Marianna Rita Lima baptizada nesta Freguezia de Nossa Senhora dos Martyres onde ambos os contrahentes são presentes (…) forão Testemunhas presentes que comigo assignarão Thomaz Jozé Pereira Lima e Jozé Maria da Costa, pelo que se lavrou o presente apenso (…)

Deste primeiro casamento teve 3 filhas: Rita de Amalia Oliveira Roxo, Eliza de Oliveira Roxo e Guilhermina Amália de Oliveira Roxo.

filha rita e dedicatoria

Dedicatória: Ao meu querido Papai como prova de muita amizade e cordial estima Rita 1 de janeiro de 1880

Batizado de Rita Cândida

batizado de rita

BATIZADO DE RITA CANDIDA – 2 de janeiro de 1859

No dia dous de janeiro de mil oitocentos e cinquenta e nove Nesta Igreja de Nossa Senhora dos Martyres batizei Rita que nasceu no dia dezoito de setembro do anno próximo, preterido, filha legítima de Caetano Jose de Oliveira Roxo Junior e de Guilhermina Amalia Lima Roxo, recebidos nesta Freguezia, foram padrinhos seu avô paterno Caetano Jose de Oliveira Roxo por seu procurador avô materno Thomas Joze Pereira Lima, Avô paterno

casamento rita candida p

CASAMENTO DE RITA CANDIDA

Aos dez dias do mês de agosto do anno de mil oitocentos e oitenta nove e na Egreja Parochial de São Sebastião  da Pedreira, terceiro bairro da cidade e Patriarchado de Lisboa, na minha presença compareceram os nubentes José rodrigues Mattos Lopes de Mendonça e Dona Rita Candida Lima Roxo que sei serem os próprios com todos os papeis de estilo correntes em virtude  de um despacho do Reverendíssimo Arcebispo de Chytiline, Prior e Vigário Geral de Patriarchado, datado de um do corrente mês e portanto sem impedimento algum canônico ou civil para o casamento: elle  de edade de trinta anos, solteiro capitão do regimento de artilheria numero cinco, tendo a devida auctorisação superior natural e baptizado na freguesia de São João Baptista de Simphao, concelho do mesmo nome, diocese de Lamego, parochiano da freguesia de São Miguel nesta cidade e morador no Largo do Chafariz de Dentro, numero dezenove terceiro andar, filho legítimo de Lourenço Rodrigues de Mattos, natural de Castello Branco e de Dona Gertrude da Piedade Lopes de Chendouloa e Mattos natural desta capital e ella de trinta anos de edade, solteira, natural e baptizada na Freguesia de Nossa Senhora Senhora dos Martyres desta cidade, minha parochiana e moradora no Largo do Rego, número nove, filha legítima de Caetano José de Oliveira Roxo natural do Rio de Janeiro e de Dona Guilhermina Amalia Lima Roxo natural de Lisboa: os quaes nubentes se receberam por marido e mulher por palavras de presente, depois de dado mutuo consentimento e eu o Prior desta freguesia os uni em matrimonio procedendo em todo este acto conforme o rito da Santa Madre Igreja Catholica Apostolica Romana. Foram testemunhas presentes que sei serem os próprios João Carlos Rodrigues da Costa, viúvo, tenente coronel de artilheria numero um, morador dna rua do sal ao Reto, numero quarenta e três, primeiro andar, Francisco dos Reis Stromp, casado, medico, Dona Guilhermina Amalia Lima Roxo, mãe da cônjuge e Dona Elisa Lima Stromp, mulher da segunda testemunha, moradora no Largo do Intendente desenove, primeiro andar. O para  constar se lavrou em duplicado este assento que depois de ser lido e conferido perantes os cônjuges e testemunhas, comigo assinaram,

Filha de Caetano, Elisa

filha 2 e dedicatória

Filha de Caetano do primeiro casamento

CASAMENTO DE ELISA

final casamento rita candida p
final casamento elisa roxo p

Aos quatorze dias do mês de fevereiro do anno de mil oitocentos oitenta e sete nesta Egreja Parochial de São Sebastião da Pedreira, concelho e cidade de Lisboa, Diocese Patriarchal, na minha presença compareceram os nubentes Francisco Reis Stromp e Dona Elisa Lima de Oliveira Roxo, que sei serem os próprios, com todos os papeis de estylo correntes, tendo a autorização do Reverendissimo Arcebispo de Mitylene Provido e Vigario Geral de Patriarchado e por sem impedimento algum canônico ou civil para o casamento: elle de edade de vinte e oito anos solteiro, Medico, natural e baptizado na freguesia da Sé de Faro, parochiano da freguesia dos Anjos e morador no largo do Intendente numero dezenove primeiro andar, filho legitimo de João dos Reis Lopes Stromp, de Dona Maria Amalia Machado dos Reis, ambos naturais de Faro,Ella de edade de vinte e cinco anos, solteira, natural  e baptizada na freguesia dos Martyrios, parochiana desta de São Sebastião e moradora no Largo do Rego numero nove, filha legitima de Caetano José de Oliveira /roxo, natural do Rio de Janeiro, de dona Guilhermina Amalia Lima Roxo, natural de Lisboa, os quais nubentes receberam por marido e mulher por palavras de presente, depois de dado o mutuo consentimento vosso conego honorário João Bento (…) Prior desta freguesia os uniu em matrimono procedendo em todo conforme o rito desta Madre Santa Egreja Catholica Apostolica Romana . Foram testemunhas presentes, que sei serem os próprios, Jose Rodrigues Lopes de Mendonça e Mattos, solteiro, primeiro tenente de artilharia numero um, morador no Largo do Chafariz de Dentro numero dezenove terceiro andar Freguesia de São Miguel de Alfama, Isodoro Nogueira de Azevedo, solteiro, Medico cirurgião morador no largo de São Roque numero 36 primeiro andar Freguesia de Sacramento e Dona Guilhermina Amalia Lima Roxo, mãe da cônjuge, moradora no Largo do Mofo numero 9. E para constar lavrou-se  em duplicidade  este assento que depois de ser lido e conferido perante os cônjuges e testemunhas commigo assinaram. Era ut supra.

BATIZADO DE GUILHERMINA  AMALIA LIMA ROXO

Aos dezoito dias do mez de maio do anno de mil oitocentos e cessenta e cinco nesta Igreja Parochial de Nossa Senhora dos Martyres, concelho do Bairro Rocio Concelho Eclesiastico do Patriarchado de Lisboa eu o prior encomendado desta mesma Igreja, o Doutor Antonio Marques Fragoso Paes, baptIzei solenemente hum individuo do sexo feminino a quem dei o nome de Gulhermina que nasceo na freguesia de Nossa Senhora do Amparo de Bemfica às doze horas da manhã do dia quatorze de Março do corrente anno, filha legítima primeira do nome, de Caetano Jose de Oliveira Roxo Junior, negociante, natural do Rio de Janeiro, e de dona Guilhermina Amalia Lima Roxo, natural e baptizada nesta freguesia de Nossa Senhora dos Martyres, recebidos na mesma e Parochiannos na mesma moradores no Largo do Corpo Santo, neta paterna de Caetano José de Oliveira Roxo, e de Dona Ritta Maria de Oliveira Roxo, e Materna de Thomas Jose Pereira Lima, e de Dona Mariana Ritta Lima, foi Padrinho Raymundo Breves de Oliveira Roxo, solteiro, negociante e Madrinha Dona Maria Carolina Lima Serzedello, cazada, Tia Materna da baptizada. E para /constar lavrei em duplicado este assento que depois de ser lido e conferido perante os Padrinhos commigo assignarão (…)

BATIZADO GUILHERMINA
BATIZADO GUILHERMINA FINAL
cartão caetano
cartão caetano 2

Caetano Jose de Oliveira Roxo se tornou o padastro de Deolinda, quando se casou aqui no Brasil com Maria Henriqueta Neuville Cardoso, Filha de Josephina Neuville e Francisco Populaire, Maria Henriqueta Neuville se casou em Portugal com José Candido Cardoso e veio para o Brasil trazendo a filha Deolinda Cardoso, aos 5 anos.

Aqui no Brasil casou-se com Caetano José de Oliveira Roxo Filho, adotando o nome de Maria Henriqueta Cardoso Roxo (nem sempre o nome dela aparece assim).

Cartão de Caetano de Oliveira Roxo para Deolinda, sua enteada, filha de Maria Henriqueta Cardoso Roxo.

Pelo cartão se depreende que ele escreveu um texto e enviou para a enteada corrigir, donde se conclui que ela já era “escritora”!

Transcrição do cartão:

remete a boa Deolinda o conto junto “plagiato do C’est egal” bote-lhe sal pimenta  – tempere-o enfim se lhe pareces que vale a pena. Vai a borrão…e o que eu duvido é que seja capaz de decifrar as…garatujas- Saudades e lembranças de todos e já todos de saude bem.Caetano

Segundo casamento com Maria Henriqueta Neuville, nascida em Portugal em 1850 e falecida em São Geraldo 15/07/1914. Filha de Jorge Neuville e Josephina Neuville, nascidos na França.(segundo o atestado de óbito) Pelo atestado de casamento o pai era Francisco Populaire

Maria Henriqueta Neuville foi casada em 1ª núpcias em Portugal, e teve uma filha Deolinda Cardoso, que veio com ela para o Brasil, quando se enviuvou em Portugal.

pai de deolinda e dedicatoria

José Cardoso, primeiro marido de Maria Henriqueta Neuville, pai de Deolinda Cardoso Dedicatória: A minha filha Deolinda offerece como prova de amor e affecto o seu pai muito amigo Jose Cardoso

Informações de José Cardoso, que me foram transmitidas por Isabel Meneses, de Portugal, que entrou em contato através do nosso Blog

GENEALOGIA DE JOSÉ CANDIDO CARDOSO

Joaquim Duarte Cardoso (n. 24 de Maio de 1814 em Montemor, Loures) e Antónia da Conceição (Golegã, Santarém) casaram em Lisboa (Freguesia de Santa Catarina) em 23 de Julho de 1842.

Eram pais de: 1 – Agostinho Maria Cardoso (n. 05 de Julho de 1844 nas Mercês, Lisboa)

2 – José Cândido Cardoso (n. 03 de Outubro de 1846 na Freguesia de Santa Catarina, Lisboa) PAI DE DEOLINDA CARDOSO

3 –  António Maria Cardoso (n. em 05 de Maio de 1849 Freguesia de Santa Catarina, Lisboa).

OUTROS PARENTES:

Joaquim Duarte Cardoso era filho de Domingues Duarte (n.?) casou com Ana Maria Cardoso cerca de 1813 (os registos de casamento têm falhas e não se consegue saber a data certa).

Ana Maria Cardoso (n. 31 de Janeiro de 1774 em Montemor, Loures) casou pela primeira vez em 29 de Abril de 1801, com Matias Francisco (n. em 22 de Julho de 1771)

Tiveram António Francisco Cardoso (n. 31 de Outubro de 1806 em Montemor, Loures) entre outros filhos.

Este casou com Joaquina Maria Ribeiro em 11 de Agosto de 1834. Tiveram 7 filhos, entre os quais Augusto Francisco Cardoso (n. 23 de Junho de 1842 em Caneças, Loures). Este era meu Bisavô a quem António Maria Cardoso ofereceu a foto que ambas possuímos. (Isabel Meneses)

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Certidão de casamento de Jose Candido Cardoso e Maria Henriqueta Neuville, pais de Deolinda Cardoso – em 28/12/1870 em Lisboa (conseguida na Torre do Tombo, Lisboa, pela nossa amiga colaboradora Isabel Meneses) Nesta certidão consta como pai dela Francisco Populaire, primeiro marido de Josephina Neuville.

Copiando a certidão de Casamento acima:

Aos vinte e oito do mês de dezembro de 1873 nesta Igeja Parochial de São Paulo, Bairro Occidental e Patriachado de Lisboa, na minha presença comparecerão os Nubentes Jose Candido Cardoso e D. Maria Henriquetta Neuville, ambos solteiros os quaes sei serem os próprios com Provisão de Sua Heminencia apreguado pelo Excelentíssimo Reverendissimo Senhor Arcebispo de …Vigario Geral do Patriarchado de dispensa das prochlamas e sem impedimento algum comunico ao civil para o casamento, elle de edade de vinte e sete anos empregado no Banco União do Porto, natural a Freguesia de Santa Catarina e morador na dos Anjos, na Rua das Olavias numero 49, filho legitimo de Joaquim Duarte Cardoso, natural da Freguesia de Santa Maria do Loures e D. Antonia da Conceição, natural de Nossa Senhora da Conceição da Galegã,  e ………… de vinte e dois anos e natural da freguesia de Nossa Senhora da Conceição desta Lisboa e moradora nesta São Paulo na Rua da Boa Vista numero cento e quarenta e dois terceiro andar, filha legitima de Francisco Populaire, batizado na Igreja de São Custodio de Paris e D. Josephina Neuville Populaire, natural de Freguesia de São Jose ……do Rio de Janeiro Imperio do Brasil os quais nubentes se….

( o final da certidão que está na página com as assinatura não consegui traduzir…)

irmão de maria neuville

CORREÇÃO DAS INFORMAÇÕES SOBRE O PERSONAGEM DESTA FOTO

Este trabalho está me trazendo muitas alegrias, as informações aparecem de forma inesperada! Estas informações me foram transmitidas por Isabel Meneses, que fez contato através do Blog, a quem agradeço muito.

dedicatoria tio deolinda

Dedicatória da foto acima para a sobrinha Deolinda Cardoso 10 de fevereiro de 1895

António Maria Cardoso

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

António Maria Cardoso
António Maria Cardoso em 10 de Março de 1895 (autografada)
Outros nomesA. M. Cardozo, A. M. Cardoso
Nascimento5 de maio de 1849
Lisboa
Morte17 de novembro de 1900 (51 anos)
Lisboa
Nacionalidade portuguesa
OcupaçãoOficial da Marinhadeputado e explorador

António Maria Cardoso, (Lisboa5 de Maio de 1849 — Lisboa, 17 de Novembro de 1900) foi um oficial da Marinha Portuguesadeputado e explorador em África, na segunda metade do século XIX.[1]

Biografia

António Maria Cardoso nasceu em 5 de Maio de 1849, em Lisboa.[2]

Em 1882, na companhia de outro explorador, João de Azevedo Coutinho, realizou uma expedição cujas conclusões foram publicadas pela Sociedade de Geografia de Lisboa.[3]

António Maria Cardoso foi também celebrado pela sua exploração “ao Nyassa e ao Mataca“, terminada em 1889.[2]

Foi eleito deputado em 1890.[1]

Entre outras honrarias, recebeu a Medalha de Ouro de Serviços no Ultramar e foi feito Comendador da Ordem da Torre e EspadaOrdem de Cristo e da Ordem de Aviz, para além Comenda da dinástica Ordem da Conceição.[2]

Em Novembro de 1895 passou a Capitão-de-fragata.[2]

António Maria Cardoso morreu em 17 de Novembro de 1900, em Lisboa.[2]

Em Lisboa existe uma rua com o seu nome, onde em tempos esteve localizada a sede da extinta PIDE, a polícia política portuguesa do Estado Novo.[4]

Referências

  1. Ir para:a b António Maria Cardoso no Projecto Marcas das Ciências e Técnicas pelas Ruas de Lisboa da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Acesso 2011-10-02
  2. Ir para:a b c d e «A nossas Gravuras : António Maria Cardoso». (Inclui fotografia). O Occidente º 789. 30 de Novembro de 1900. pp. 0261, 0262. Consultado em 2016-06-01.
  3. Ir para cima↑António Maria Cardoso, «Expedição às Terras de Muzilla – 1882», in Boletim da Sociedade de Geografia de Lisboa, Lisboa, 7ª Série, nº 3, 1887, pp. 153 – 240.
  4. Ir para cima↑Rua António Maria Cardoso no Projecto Marcas das Ciências e Técnicas pelas Ruas de Lisboa da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Acesso 2011-10-02

Ligações externas

mapa-africa
mapa-africa-1

https://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B3nio_Maria_Cardoso

noticia da morte de Antonio.jpg

A notícia completa do falecimento do Antonio Maria Cardoso na pag.206 da publicação O Ocidente, de 30 de novembro de 1900.(Pesquisa de Luzia Roxo Pimentel)

http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/Ocidente/1900/N789/N789_item1/P2.html

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António Maria Cardoso

falecimento-de-antonio-maria
antonio-maria

Foto de Antonio Maria Cardoso, do meu acervo. Esta foto foi feita na Índia

antonio-na-india
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Jazigo de Agostinho Cardoso, irmão de José Candido Cardoso (Pai de Deolinda)

agostinho-cardoso

Agostinho Cardoso comandando a tropa na inauguração de um monumento (colaboração de Isabel Meneses).

Foto de Agostinho  Cardoso de minha propriedade, do acervo que me foi dado pela Tia Ena:

agostinho-cardoso
envelope-agostinho

Envelope da foto: Foi enviada para o marido de Deolinda Cardoso.

INFORMAÇÕES DE CAETANO DE OLIVEIRA ROXO FILHO – nosso bisavô

Caetano era agrimensor, formado em Portugal, onde foi estudar, levado por seu irmão José Breves, quando tinha 13 anos.

Retornando ao Brasil, teve relações de trabalho com seu tio Mathias (Barão de Vargem Alegre) que o auxiliou no início da vida adulta. Mantinha sua biblioteca e hábitos de fino trato, mesmo morando em habitações modestas, em zonas pioneiras onde era exigido seu trabalho de agrimensura.

Teve uma fazenda em Juiz de Fora, depois de vendê-la, comprou uma fazenda em São Sebastião da Estrela, onde faleceu.( Não tenho certeza se essa informação procede!)

compra da fazenda

Compra da fazenda em Juiz de Fora em 1880

henriquetta

Maria Henriqueta Neuville ( Aqui no Brasil usava  Maria Cardoso Roxo) – foto cedida por Luzia Roxo Pimentel

1 . Caetano José de Oliveira Roxo Filho e Maria Henriqueta Neuville tiveram 5 filhos:

1.1    Antonio de Oliveira Roxo (Nininha)

1.2    Caetano de Oliveira Roxo (Neo)

1.3    Cesário de Oliveira Roxo

1.4    Júlia de Oliveira Roxo (nossa avó)

1.5    João de d’Oliveira Roxo (Jota)

Por onde começar?

Penso que a figura de nossa bisavó paterna – Maria Henriqueta Neuville Cardoso que, após o casamento com nosso bisavô, tornou-se Maria Cardoso Roxo, se impõe, não só por ser a ancestral de quem temos mais relatos, mas por ter deixado uma impressão bastante especial nos netos que a conheceram, como papai e tia Ena.

maria cardoso 1

Maria Henriqueta Neuville, depois do primeiro casamento em Portugal, passou a assinar Maria Cardoso e, após o segundo casamento com Caetano José de Oliveira Roxo Filho, já aqui no Brasil, passou a assinar Maria Cardoso Roxo

Francisco Augusto Neuville

Sobrinho e afilhado de Maria Henriqueta Neuville – Lisboa – Janeiro de 1882, filho de sua irmã Clementina

francisco e dedicatoria

No Brasil, Maria Cardoso casou-se com Caetano José de Oliveira Roxo Filho, também viúvo de uma portuguesa com quem teve três filhas que ficaram em Portugal.

Caetano era engenheiro, formado em Portugal, agrimensor, transitava por várias cidades, contratado para demarcar territórios e limites que, até então, eram muito imprecisos. Tenho alguns livros que foram dele e que o Tio Lino (marido da Tia Ena, irmã do papai) deu para a Regininha e Guilherme.

Contam que Maria e Caetano tinham hábitos requintados. Mesmo morando em casas humildes, pelas cidadezinhas por onde andaram em virtude de seu trabalho, nunca deixaram de usar baixelas de prata, cristais e guardanapos de linho.

Consta que tiveram uma fazenda em São Sebastião da Estrela e depois em Juiz de Fora, mas não sei precisar bem onde era.

Com a morte de Caetano, Maria veio viver em São Geraldo, onde morava sua primeira filha, a portuguesa Deolinda, que já se casara com um chefe de estação da Leopoldina, José Cardoso.

Interessante é que o pai de Deolinda também se chamava José Cardoso!

deolinda e a mãe

Maria e Deolinda em São Geraldo

Elas cultivavam um círculo muito grande de relações, comprovadas pelos cartões, cartas e fotos do acervo de Tia Ena. Quando Deolinda ficou viúva, as duas empreenderam uma criação de bicho da seda e uma torrefação de café, o que não era comum nas mulheres daquela época, quase todas analfabetas e excluídas de qualquer atividade fora do lar.

Antonia Cardoso

Irmã do primeiro marido de Maria Henriqueta Neuville, o pai de Deolinda

Eram muito cultas e Deolinda, quando se mudou para Juiz de Fora, escreveu artigos em vários jornais, principalmente o Diário Mercantil. Participava de concursos literários, vi na Tia Ena um conto que ela mandou para um concurso de literatura do Jornal Estado de Minas, de Belo Horizonte.

Augusto macedo com dedicatoria

Amigo e compadre de Maria Henriqueta Neuville – 14 de setembro de 1873

Nossa bisavó, Maria Cardoso Roxo, (Maria Henriqueta Neuville, em Portugal) era muito querida em São Geraldo, MG, onde viveu depois de viúva e faleceu, estando sepultada nesta cidade.

Alguns cartões de amigas para ela, do meu acervo de documentos.

Salve 2 de fevereiro 932

A boa e querida D. Maria a Memorina envia um affectuoso abraço de felicitações pella passagem do seu natalício

Rio – 2 – 2- 932

Salve 2 de fevereiro de 1928

A nossa mui querida D. Maria Roxo, Cumprimentamos pela data de hoje, fazendo votos para que ella se reproduza

ainda por muitos annos, plenamente feliz. Um affectuoso amplexo das amiguinhas dedicadas e sinceras:

Hilda e Memorina Bittencourt

A nossa mui querida D. Maria, Zilda, Memorina, um grande abraço de amizade enviam mil affectuosos parabens

pela passagem de 2 – 2- 929 São Geraldo, Boa Vista.

10 – Centenário de Dona Laurinha, visita a São Geraldo

 

Este ano de 2016 seria o centenário dela. Ainda que não esteja fisicamente conosco, ela está sempre presente em nossos corações e em nossa lembrança.

Em memória dela, nós, os filhos, fomos a São Geraldo, o berço de nossa família e, além de visitarmos a Biblioteca que tem o seu nome e que foi transferida para uma sede excelente, a Estação da Estrada de Ferro Leopoldina, visitamos a cidade e assistimos a uma Missa em sua intenção.

Apreciamos o desenvolvimento da cidade, que deixou de ser rural para se tornar um polo industrial. Devo confessar que não é mais a “minha São Geraldo”, mas está muito mais desenvolvida, limpa, organizada, uma beleza mesmo!

O único senão são os rios que não existem mais!!!

Foi uma viagem emocionante pelo passado, pela infância de todos nós! Agradecemos a Deus essa oportunidade de estarmos todos juntos, amigos, unidos e felizes.

Agradecemos a recepção que tivemos por parte da Prefeitura, através da Secretária de Educação, da Bibliotecária, do Prefeito Marcílio, da Leninha do Georgina Hotel que nos hospedou, D. Célia Batalha e a Luzia Cardoso que encontramos por acaso, Hélio e Heloisa Monteiro, Arlete e Dr. Alexandre, tão carinhosos, a Dalva, minha cunhada, responsável por ter iniciado a Biblioteca e o contato com o Luis Augusto que se prontificou a ajudar no acervo, o que tem feito durante todos estes anos.

O sonho de nosso pai era reflorestar a serra de São Geraldo para revitalizar seus rios. Conversamos com o prefeito sobre o assunto e ele se mostrou entusiasmado com a idéia. Quem sabe voltaremos à cidade para vermos o projeto implantado e os rios com água e vida?!

Para quem quiser conhecer mais sobre a cidade, ai vai o link

 

http://saogeraldo.mg.gov.br/novo_site/index.php

 

Mensagem da Secretária de Educação Márcia

 

Caro Luiz Augusto,

 

Que família encantadora! Ficamos todos muito felizes em conhecê-los. Quando falamos de vocês aqui, alguns adjetivos são recorrentes: gentis, generosos, liberais, alegres, unidos, descontraídos, cultos, educados, zelosos, simples… Ah! Fotógrafos!

As professoras e as funcionárias da Prefeitura que foram à missa no domingo vieram me contar como foi linda a participação de vocês. Nosso assunto preferido continua sendo a visita da família (rsrsrsrs). Todos que os conheceram querem comentar algo, saber um pouco mais, saber se vocês gostaram do que vivenciaram aqui, expressar a agradável impressão que tiveram, enfim, falar de vocês. Falar bem, tenham certeza! Vocês trouxeram uma inspiração nova para nós. Poucas são as oportunidades de estarmos com  pessoas com a visão de mundo que vocês evidenciaram e com um coração tão Infelizmente, as relações se baseiam muito em interesses em que o predomínio é da competição e não da cooperação. Penso que o sentimento que vocês deixaram é de renovação da esperança,de  podermos acreditar que ainda há muitas pessoas que pensam como nós, que constroem caminhos para se chegar ao futuro, sem precisar destruir o passado; que preservam suas raízes e, independente do quanto se elevam, mas as alimentam e valorizam; que respeitam as pessoas pelo que elas são; que têm prazer em conhecer suas histórias de vida; que não têm vergonha de elogiar e reconhecer os feitos de outros, que compartilham com a mesma alegria de quem está recebendo…

É admirável!

 

Estamos correndo aqui com os preparativos da Festa Country, concluindo os trabalhos da Biblioteca e também da Exposição que agora já conta com algumas peças recuperadas da antiga estação ferroviária.  Durante a festa, o espaço ficará aberto para visitação até às 22h. Está bem bonito e…histórico. Pena que vocês não estarão aqui, mas prometo enviar fotos. Enviarei depois a foto da parteira de uma das irmãs. Foi um lapso! Eu deveria ter feito isso na hora, mas …

 

Esta semana está sendo de vitórias. Recebemos ontem o resultado do PROALFA  (trata-se de uma avaliação do Governo de Minas para alunos da 3ª série do Ensino Fundamental). De acordo com o desempenho, os alunos são classificados em 4 níveis: baixo, intermediário, recomendado e avançado. 59% dos nossos estão no recomendado, 41% no avançado; nenhum no baixo ou intermediário. Não é fantástico? Para você ter uma noção melhor, a proficiência média do Estado é 580,5; a de São Geraldo 634,2; a da nossa Escola 638,2. Estamos felizes e nos exibindo, reparou?

 

Bom, deixe-me despedir, porque já fiquei com saudade. Como me disseram  que compartilham minhas mensagens, meu abraço carinhoso a todos e até breve.

 

Márcia

 

Profª. Márcia Lúcia de Barros Balbino

Secretária Municipal de Educação

São Geraldo- Minas Gerais

 

FOTOS DA VIAGEM A SÃO GERALDO

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Homenagem à família que nos foi dada pelo Prefeito, Marcílio Moreira Barros, em um delicioso jantar oferecido pela Secretária Márcia, em sua mansão.

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A Estação da Estrada de Ferro Leopoldina, hoje transformada em Centro Cultural, onde está agora a Biblioteca Prof. Laura Casulari da Motta. A “artista” da foto é a Conceição, a caçula das irmãs.

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Esquerda: José Reinaldo, a Bibliotecária (esqueci o nome) Secretária de Educação Márcia, Antonio José Ribeiro Dias (Vermelho) marido da Laura Maria Goretti que está a seu lado, Maria da Conceição, Júlia, Regina, dona Célia Batalha, Luzia Cardoso, Luis Augusto, Antonio Carlos

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No Salão de Exposições do Centro Cultural

jantar

 

Recebendo a homenagem do Prefeito Marcílio Moreira Barros. Na frente da foto está a Carolina, filha do Antonio Carlos, e a Lais, neta, representando as novas gerações da família. A senhora de blusa preta é a mãe do prefeito, que está atrás dela. Ao fundo o marido da Márcia.

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Ao final da Missa, os irmãos se apresentam, a pedido do Padre João Stampini que é filho de São Geraldo também. Deixou-nos muito emocionados com as suas palavras.

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Visão aérea de São Geraldo que está na Rodoviária construída sobre os antigos trilhos do trem. Os galpões são das fábricas de móveis.

 

9 – MOTTA: O CASAL INICIAL

Sabemos que João Ferreira da Motta era português, sendo um dos primeiros habitantes de São Geraldo. De sua mulher não sabemos nada. Podemos deduzir que ele veio primeiro e depois mandou vir a mulher com o filho, porque numa carta do Tio Neneo, ele me diz que o nosso bisavô Luiz Manoel da Motta veio para São Geraldo com três anos.

INFORMAÇÕES ACRESCENTADAS EM 17 DE DEZEMBRO DE 2016

Acrescento aqui informações sobre o João Ferreira da Motta, extraída do Livro de Oiliam José, Visconde do Rio Branco terra povo história, que li com o maior prazer e sobre o qual pretendo me estender mais tarde, pois ainda quero estudar mais sobre São Geraldo!

Na página 110 “Aos 2 de 10bro. de 1840 foi incomendado e acompanhado a Sepultura no cemitério da Capella Velha João Luiz da Motta natural de Portugal na ed.e de 60 anos.

O Vigo. Marcellino Roiz Fer.*”

E acrescenta o comentário: “Pelo que se vê, o registro refere-se precisamente a João Luiz da Motta, o proprietário da Fazenda do Caeté e pessoa que exercera importante influência no progresso do primitivo São Geraldo. Outra particularidade a emergir desse registro refere-se à denominação Capella Velha, para esse templo e a localidade em que se situava. Comprova ela que o nome foi aplicado ao sítio, loque que se levantou a capela e não após o seu abandono e a mudança da localidade para junto da Fazenda do Caeté ou atual situação da cidade.”

Sobre a sua esposa não há registro do nome, só diz que ela faleceu 2 anos depois.

Luiz Manoel casou-se com Flávia Bibiana de Jesus e tiveram 8 filhos, nascidos em São Geraldo: Agostinho (1860 – 1936), Maria Luiza ( Tia Cocota, 1833 – 1939), Luiz Ferreira da Motta (1866 – 1934), Manoel, João, Joana, Vicente.

tia avó cocota

Tia avó Cocota (Maria Luiza 1833)

tia Cocota, anália tia joana cordovil

Tia avó Cocota, Anália (filha do Tio João) Tia Joana e Cordovil ( filho do tio João)

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Tio Avô Agostinho e Judite que foi criada pela Vovó Júlia

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Vicente Ferreira da Motta, irmão de Luiz Ferreira da Motta, nosso avô

Vicente F Motta data

Cartão de Vicente Ferreira da Motta. Irmão do nosso avô, para Pinto Cardoso, que se casou com Deolinda, uma meia irmã da Vovó Júlia. Deolinda será uma bela história que virá mais tarde!

Vicente F Motta0001

Luiz Ferreira da Motta

De todos esses filhos, apenas Luiz Ferreira da Motta, nosso avô, deixou descendência com o sobrenome Motta.

Vicente se casou com Leontina e não tiveram filhos.

João deixou filhos fora do casamento, sem o sobrenome Motta. Segundo o relato do Tio Neneo, foram Helvécia, Astrogildo, Cordovil, Anália que foram criados por sua irmã Altina, que nunca se casou. Os outros também não se casaram, nem deixaram filhos.

Conheci Astrogildo, que morava em Ponte Nova e alguns de seus filhos. Conheci Anália, na casa da Vovó Juju e depois em casa de Tia Ena, onde faleceu com mais de cem anos. Cordovil também conheci, morando em Juiz de Fora, em casa da Vovó e, depois, casado. Alguns de seus filhos ainda residem lá.

Sobre estes Tios avôs, sabemos 2 histórias:

Tia avó Cocota dizia para nossa avó Júlia:

_ Sá Dona Júlia, dizem que o progresso é ruim, mas eu não acho. Já viu que coisa mais boa é o fósforo?

E o Tio Agostinho: Quando o Tio Neneo disse que ia se casar, ele disse:

– Casa mesmo, se não casar vai se arrepender e se casar vai arrepender também!

Cel Luiz da Motta c

cORONEL Luiz da Motta

CAETHE 1920 pequena

Fazenda Caeté

Caeté de Baixo pequena

Caeté de Baixo, onde moravam os tios avós

caeté de baixo 1

Caeté de Baixo

caeté de baixo 2

Caeté de baixo

luiz da motta

Avô Luiz da Motta, atrás e ao centro

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Casa comercial de Luiz da Motta

escritorio

Luiz da Motta e Cia, na porta Luiz da Motta e a esposa Júlia, sentada a sogra Maria Neuville Roxo e alguns filhos

Luiz da Motta se tornou um grande exportador de café. Produzia e comprava de pequenos produtores, tendo o que eles chamavam de Usina de Beneficiamento de Café. O papai dizia que havia um ramal da estrada de ferro que chegava até aos armazéns para transportar o café para exportação.

A crise, também conhecida como “A Grande Depressão”, foi a maior de toda a história dos Estados Unidos. Como nesta época, diversos países do mundo mantinham relações comerciais com os EUA, a crise acabou se espalhando por quase todos os continentes.

Efeitos no Brasil

A crise de 1929 afetou também o Brasil. Os Estados Unidos eram o maior comprador do café brasileiro. Com a crise, a importação deste produto diminuiu muito e os preços do café brasileiro caíram. Para que não houvesse uma desvalorização excessiva, o governo brasileiro comprou e queimou toneladas de café. Desta forma, diminuiu a oferta, conseguindo manter o preço do principal produto brasileiro da época. Por outro lado, este fato trouxe algo positivo para a economia brasileira. Com a crise do café, muitos cafeicultores começaram a investir no setor industrial, alavancando a indústria brasileira.

Luiz da Motta tinha muito café estocado, foi obrigado a queimá-lo , com toda honestidade, pagou a todos os pequenos produtores e, com isso, entrou em falência.

O desgosto foi tão sério que ele adoeceu e morreu 7 meses depois.

Mas esta é outra história…

Agora vamos falar sobre os Roxo, a família de minha avó, Júlia de Oliveira Roxo, esposa de Luiz da Motta, e sua família, no próximo capítulo!

HOJE, PARA OS NETOS QUE AINDA NÃO CONHECEM

São Geraldo 029

A Fazenda Caeté, AINDA EXISTE!

Praça Luiz da Motta

Placa Praça Cel. Luiz da Motta

Rua Luiz roxo da motta

A estradinha que ia ao Caeté, hoje é a Rua Luiz Roxo da Motta, meu pai

8 – ALGUMAS HISTÓRIAS DO INÍCIO DE SÃO GERALDO

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A praça de São Geraldo fotografada por meu pai Luiz Roxo da Motta nos anos 50
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Praça de São Geraldo, foto de Luiz Roxo da Motta, anos 50

carnaval 1931

Interrompo aqui a sequência da história da família, para contar mais um pouco sobre o início de São Geraldo, pela narrativa do Padre Dario.

Espero que não achem “enfadonho”, mas a mim me parece muito interessante! Pensei em resumir a narrativa, mas confesso que não tive coragem, acho tão adequada esta linguagem para narrar histórias deste tempo, que vai assim mesmo.

Começo pelo nosso Rio (que já existiu, pasmem! No meu tempo ainda havia rio e enchentes que inundavam a ponte e a Praça Coronel Luiz da Motta! Para os jovens deve ser difícil de acreditar!) Mas vamos ver  o que ele nos conta:

“O Ribeirão de São Geraldo, que há mais de 40 anos abastece com suas cristalinas águas a linda povoação que lhe valeu o nome, perdendo a vez de Xopotó, pelo que fora até então conhecido.

Nascido há pouco mais de légua da povoação, em uma profunda grota cavada entre os elevados pinos de sua formosa serra, correndo rápido sob o nome de Caeté, em demanda da povoação, para levar-lhe o precioso licor de suas transparentes águas, recebendo a uma e outra margem alguns pequenos tributários e apresentando em todo seu percurso quadros de indescritível beleza, já em seus graciosos saltos, já em suas lindas e alvas cascatinhas, quase ao meio da povoação, um pouco abaixo da velha ponte que conduz à aprazível e luxuosa Quinta do CAPITÃO LUIZ DA MOTTA; Recebe pela margem direita as perfumadas e diáfanas águas do Córrego do Antonio Pinto que, aí tendo as suas risonhas e aprazíveis margens ligadas por um sólido e artístico pontilhão de cimento armado, divide em duas metades a garbosa povoação.

Devo aqui dizer ainda, se bem que de passagem, que é da junção destes dois córregos, a saber, o do Antonio Pinto com o do Caeté que se forma o Ribeirão São Geraldo, antigo Ribeirão Xopotó, como então se chamava daí pra baixo e em direção ao velho Presídio.

Releva aqui lembrar que este ribeirão, também outrora, fora conhecido sob o nome de Xopotó, não sabendo, entretanto, a que devo atribuir-lhe este nome, pois o Rio Xopotó ou é mesmo o Rio Doce na sua mais remota origem ou um dos seus primeiros afluentes.

De fato, a atual cidade de Alto Rio Doce, antes de ser instalada com esse nome, chamava-se então São José do Xopotó.

Entretanto, também me apraz dizer que pouco importa que o ribeirão nascido nas matas do Presídio, matas estas que naquele tempo cobriam completamente montes e vales de grande parte da Capitania de Minas, fosse conhecido sob o nome de Xopoté, ou melhor Xypotô, que em linguagem indígena quer dizer – “descansa machado”.

Apesar das notas colhidas no interessante e pitoresco Álbum de Minas, relativamente ao formoso riacho que ali vem com o nome de Xopotó, eu continuarei a chamar-lhe, ao que me parece, com mais fundamento, de Presídio, pelo fato de ter suas origens na serra deste nome.

Aqui dou textualmente ao leitor as notas colhidas no referido Álbum e que de fato vão transcritas como lá se encontram:

“Em 29 de novembro de 1777, o Padre Manoel de Jesus Maria, vigário de S. Manoel dos sertões do Rio Pomba e Peixe, dos índios Coroados e Cropós, batizou aos índios adultos procedentes das matas do XOPOTÓ ( rio que  tem as suas origens no PRESÍDIO) recebendo elas os nomes de André, Anastácio, José, Pedro, Angélica e Marta, e aos inocentes também índios Rita, Francisca, Joana, Felipe e Custódio. Em 2 de dezembro veio também batizar-se o cacique Belchior”

Mas deixemos à margem o antiquíssimo Xopotó, que com prazer substituo pelo nome de Presídio, por me parecer mais adequado. Falemos agora deste obscuro PRESÍDIO de tão remotas eras, e onde correram, como é de supor-se, tantas lágrimas dos infelizes, que para ai vinham deportados dos mais longínquos pontos da Capitania, e de que hoje nem sequer existem vestígios, mas apenas uma vaga lembrança na tradição constante de pais e filhos e que tem chegado até nós, por demais amortecida.

Se a tradição não fosse uma das fontes da verdade, seria fácil contestar-se a existência do tão preconizado Presidio; porém ela ai está a bradar à geração presente que o Presídio não foi uma fábula mas sim uma triste realidade; que aí alguns criminosos, condenados à pena última, subiram aos fatais degraus da forca; pois ainda hoje não falta quem aponte a dedo o local onde ela se erguia sinistra e ameaçadora.

Rebuscando memórias antigas e consultando os papéis do Arquivo Municipal, nada pude obter de positivo sobre a data de sua criação; mas o que é certo é que seria estabelecida após algumas rebeliões, rebeliões estas quase sempre motivadas pelas exorbitâncias e extorsões dos seus governadores que, fiéis executores dos mandatos da insaciável metrópole, a nada se poupavam para satisfazer as suas exigências, ainda as mais injustificáveis, máxime quando se tratava de colonos, sempre prontos a revoltarem-se contra seus cruéis dominadores.

Foi, pois, após uma dessas revoluções, malogradas, como tantas outras que explodiam, ora em um, ora em outro ponto do país que, por ordem régia foi criado mais este degredo entre as temerosas brenhas d’aquem serra e que pela mesma iam ligar-se às espessas florestas do degredo dos Arrepiados.

(NOTA: Pesquisei sobre este Sertão dos Arrepiados. Por informações colhidas em trabalhos de pesquisa, era a região onde hoje é a cidade de Arapongas. Os índios mansos e os colonos considerados “vadios” eram levados para lá para procurarem ouro.)

(…)Pondo termo às divagações que hei vindo fazendo, reatando o fio do meu discurso, continuemos a falar do velho Presídio que abrangia em seu vasto perímetro não só o território do atual município de Rio Branco, como talvez grande parte do dos seus vizinhos.

O que é fora de dúvida e que a Vargem do Caeté, como então se chamava o local onde hoje se estende a linda povoação de São Geraldo, dele fazia parte e mui próxima como se depreende dos registros dos batizados feitos pelo Padre Manuel de Jesus Maria, pois tendo ele vindo dos sertões do Rio Pomba e Peixe dos índios Coroados e Cropós, onde era vigário, a este Presídio, batizou os índios e inocentes, vindos das matas do Xopotó (rio este que tinha as suas origens no mesmo Presídio).

Ora, o antigo Xopotó, hoje para nós ribeirão do Presídio, tem suas origens nas serras de São Geraldo e do Barroso; logo a vasta bacia onde ele corre fazia parte integrante do velho Presídio.

É pois fora de dúvida que o território da atual Paróquia de São Geraldo também fora degredo, como é provável que também o fosse o território da Paróquia de Guiricema, pois, como aquele, estava também a poucos quilômetros do local onde se erguia a sinistra forca.

Importa também aqui lembrar que a serra, hoje de São Geraldo, atravessou mais de um século com o nome de Serra do Presídio.

 OS ÍNDIOS, PRIMITIVOS HABITANTES DE DA REGIÃO

No princípio do século passado, o vasto território de Minas, ainda conhecido hoje com Zona da Mata era, de fato, coberto de espessas florestas. Nos lugares onde se vêm hoje florescentes municípios como Piranga, Ubá, Pomba e muitos outros que dele fazem parte, não se viam então mais que temerosas brenhas, constantemente percorridas por inúmeras hordas de selvagens, conhecidos pelos nomes de Caetés, Cropós, Coroados, Puris, Bugres e Botocudos que, pelos seus usos e costumes, dialetos e religião, mostravam que não seriam mais do que ramos do mesmo tronco.

Guerreiras todas, por índole e por necessidade, essas tribos viviam constantemente em lutas, disputando entre si, com todo o encarniçamento, a posse dos lugares que lhes pareciam mais favoráveis à vida.

(…)Um pouco além das divisas do distrito de São Geraldo com o do Rio Branco, e já naquele, corre murmurante, entre margens alcantiladas de verdes relvas, um lindo ribeirinho que ainda hoje conserva o sombrio nome de Piedade, nome este que evoca, como bem está mostrando, um dos mais tristes episódios que então se deram às suas margens.

Sendo bem numerosos os índios mansos e habitando quase todos em suas pobres cabanas, sitas às margens ou a pequena distância do mesmo, um dia em que se achavam descuidados e entregues, como de costume, às suas pequeninas indústrias e insignificantes lavouras, foram de improviso tão rigidamente atacados por uma forte coluna de botocudos, que, por mais que fizessem, não poderiam resistir-lhes com vantagem.

Depois de largas horas de um terrível combate em que as flechas se encontravam com flechas e os tacapes com os tacapes; e tudo isto no meio de uma tempestade de gritos, ais e gemidos, acompanhados dos sons atroadores da inúbia e do boré, os índios mansos foram completamente trucidados, escapando com vida muito poucos para levarem a notícia aos seus irmãos, localizados em aldeias mais afastadas e os concitarem para uma próxima e tremenda desforra, que, de fato, não se fez muito a esperar.

De fato, segundo reza a tradição, foi horrível a carnificina. E não podia ser de outra forma, dada a grande desproporção de força e falta de munições por parte dos índios mansos e a vilania da traição por parte do ferozes botocudos.

As margens do ribeirinho ficaram juncadas de cadáveres carrancudos, crivados de ervadas flechas, esmagados pelos terríveis golpes dos formidáveis tacapes e as águas correram largamente tintas de sangue.

Um dia após o terrível combate, de que resultou tão horrível carnificina, alguns curiosos, que tão trágica notícia atraiu ao lugar da refrega, ao enfrentarem tão grande número de cadáveres, disseminados aqui, ali e acolá, na mais desfeita desordem e em mil posições diferentes, ao lado da terra revolta e toda empapada de sangue; tomados da mais viva compaixão diante de tão horroroso quadro, dominados de verdadeiros sentimentos de piedade, com os olhos marejando de lágrimas e com as vozes entrecortadas de soluços prorromperam a custo nesta pequenina e sentimentalíssima frase: Faz Piedade! Faz Piedade!

Esta frase eternizou-se desde aquele dia, para sempre nefasto na história de São João Batista do Presídio e o Ribeirão passou a ser conhecido com Piedade. Mas os índios das matas do Presídio não puderam conformar-se com a derrota que à falsa fé lhes infligira a numerosa e ferocíssima horda dos botocudos.

Passado que foi o primeiro pânico, com as feridas sangrando, todos, a uma voz, resolveram tornar dura a vingança do terrível inimigo, que os sangraram à vontade, e que a estas horas já estaria a grandes distâncias.

Reunidas para logo todas as forças de que podiam dispor, e que foram numerosas, devido aos auxílios chegados de vários pontos, ao som de seus instrumentos de guerra e a marchas forçadas por entre as florestas, partiram ao encalço do inimigo, que foram encontrar às margens de um formoso rio que, daí a pouco, deveria receber o nome de Santana.

Foi às margens deste poético rio e no mesmo local onde hoje ele abastece com suas frígidas e cristalinas águas uma cidade, que tão amorosamente divide em suas metades, que se travou o terrível combate.

Depois de largas horas de porfiadíssimo combate, em que nuvens de flechas e os formidáveis tacapes, manejados com furor, batiam em cheio nos tacapes, arrancando aquela variedade de sons que soe produzir nos tetos uma chuva de grosso granizo; e tudo isso no meio de vozeria infernal em que só se distinguiam os gritos de furor, os rugidos de desespero e os gemidos dos moribundos; os índios das matas do Presídio levaram a melhor, inflingindo-lhes terrível derrota, desbaratando-os completamente, tirando, afinal, do mesmo, uma dura vingança, uma completa desforra.

Narra a tradição que os índios do Presídio, no furor do combate, vendo a balança de vitória pender para o seu lado, cheios de entusiasmo e confiantes na vitória  que já lhes sorria, bradavam a todo momento ao adversário: – Abre Campo! Abre Campo!

E esta singela frase, partida de seus lábios no furor da refrega, ligou-se para todo o sempre ao lugar onde hoje alardeia os seus encantos a risonha e poética cidade do mesmo nome ABRE CAMPO.

Alcançada a vitória, os índios do Presídio voltaram às suas pobres aldeias, para se entregarem aos misteres a que já estavam afeitos.

ORIGEM DOS NOMES: QUEBRA CABO, ABRE CAMPO, RIBEIRÃO VERMELHO, CÓRREGO DA COLÔNIA

(NOTA: Então esta é a origem do nome da Rua que sai da praça e onde temos o Cemitério de São Geraldo. No meu tempo, era assim que nos referíamos a esta rua)

Não longe do Arraial de São Geraldo serpeia por entre mares de verdura um outro pequeno córrego, cujo nome também é de origem histórica, quase idêntica ao ribeirinho da Piedade, refiro-me ao QUEBRA CABO.

Narra a tradição que um dia em que os índios mansos, já localizados em suas pobres choupanas, disseminadas as suas margens, se achavam entregues ao amanho de suas pequenas lavouras, se viram repentinamente atacados por uma forte coluna de índios bravios. Prevenidos, como sempre andavam contra os seus ataques, pois suas traições nunca se faziam esperar; esvaziadas as suas aljavas e despedaçados os seus tacapes, como último recurso para vencer a obstinada resistência dos seus inimigos, lançaram mão dos cabos de suas ferramentas que, manejados por braços vigorosos, produziram afinal o fim desejado, o que, entretanto, só conseguiram depois de quebrados à força de duros e violentos golpes.

Rotos e desbaratados a poder de um verdadeiro chuveiro de golpes dos cabos, que por sua vez se viram também quebrados à força de bem fazer o seu ofício, retiraram-se os inimigos sangrados e contundidos a mais não poder ser.

Este simples fato terminou no pequeno córrego, ainda hoje conhecido como QUEBRA CABO e bem assim em rua do arraial que, apesar de crismada por outro nome, contudo não há nada que faça esquecer o primitivo.

A Noroeste do Arraial corre sobre as fulvas areias do seu leito um pequeno córrego, de margens cobertas de luxuriante vegetação, cujo nome, como os precedentes, é também de origem histórica, pois prende-se a uma numerosa colônia de índios batizados que, em tempos afastados, teve às suas margens suas pobres choupanas. Chama-se ainda hoje este córrego – CÓRREGO DA COLÔNIA.

Tem a sua origem nos cabeços da Serra do Barroso, correndo sempre em vertiginosa carreira por entre margens apertadas, ora murmura espumante sobre um leito todo calçado de pedras, ora despenha-se em pequenos saltos, oferecendo à vista lindas cascatinhas; ora desliza tranquilo e quase imperceptível entre tufos de verdura.

Engrossado com as águas de outros pequenos tributários, corre em demanda da povoação, onde, depois de atravessar uma de suas ruas, mistura as suas cristalinas águas como o córrego ou riacho CAETÉ OU XOPOTÓ, como querem outros.

Este córrego, de margens tão risonhas e que, em todo seu percurso, apresenta quadros verdadeiramente encantadores, também é conhecido pelo nome de ANTONIO PINTO devido a um dos seus primeiros posseantes deste nome, cujos numerosos descendentes ainda vivem em São Geraldo.

Há ainda um outro córrego que margeia o arraial, cujo nome também é de origem histórica, sendo ele o CAETÉ, que é a nascente mais remota do XOPOTÓ.

Segundo a tradição, habitava outrora as suas margens uma numerosa família de índios que se davam a conhecer por este nome Caethés. Mesmo que não fizessem parte daquela ferocíssima tribo tão imortalizada por Frei Santa Rita Durão no seu famoso Poema Épico Caramuru; pois, segundo o poema a que me refiro, os CAETÉS habitavam outras paragens e não estas que eram habitadas pela tribo dos COROADOS.

Talvez estes CAETÉS não fossem mais que uma ramificação dos mesmos COROADOS e que assim se intitulassem para se diferençarem de outras famílias que não deixariam também de tomar outros nomes, segundo as regiões que habitavam.

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Prancha de Rugendas – Índio coroados

No arquivo nacional encontrei estas informações sobre os índios coroados: O Presídio de São João Batista (Rio Branco) pede que seja criada uma escola no povoado.

Educação dos índios coroados

Parecer deferido pela Mesa do Desembargo do Paço a respeito do pedido feito pelos moradores do Presídio de São João Batista sobre a criação de uma cadeira de Primeiras Letras neste aldeamento. No documento há o relato de que o aumento populacional tornava a criação da referida cadeira uma necessidade para a promoção de uma idêntica educação para os “nacionais” e os “índios”, a fim de que ambos pudessem se tornar “cidadãos úteis” e verdadeiros vassalos do rei.

Conjunto documental: Consultas da Mesa do Desembargo do Paço

Notação: códice 149, vol. 01

Datas-limite: 1808-1814

Título do fundo: Mesa do Desembargo do Paço

Código do fundo: 4k

Argumento de pesquisa: instrução pública

Data do documento: 18 de maio de 1809

Local: Rio de Janeiro

Folha(s): 29 e 29v

“O povo da capela curada da Nova Aldeia dos Índios Coroados[1] do Presídio de São João Batista[2], pede em razão do aumento da sua população, chegando ao número de mais de oitocentos portugueses, e quinhentos índios, se estabeleça uma Cadeira de Primeiras Letras[3], para ensino da mocidade.

Parece a Mesa[4], que o requerimento merece ser deferível, porque constando da informação o estado florente daquela povoação, nada é mais coerente às Paternais Intenções de Vossa Alteza Real do que promover o ensino, e educação pública[5] dos seus fiéis vassalos, estabelecendo mestres, onde forem necessários, e muito mais, quando o que pede o Povo do Lugar de S. João Batista é de Primeiras Letras, e por isso o mais necessário, como a base mais segura de toda a Literatura, e absolutamente precisa para qualquer gênero de vida, e para todos os estados da Sociedade Civil, merecendo além disto muita contemplação o ser a Povoação de que se trata, composta tão bem de índios já aldeados, e civilizados[6], a quem cumpre fazer amar a instrução nacional, para se tornarem cidadãos úteis, e verdadeiramente Vassalos Portugueses, o que se conseguirá por meio da mistura de Nacionais e Índios, e por uma igual educação. Por estes tão justos, como úteis motivos, mui dignos da Real consideração se deve criar a cadeira de Primeiras Letras na forma da súplica, com o ordenado, que vencem os demais professores[7] da capitania de Minas Gerais, provendo-se pelo Governador e Capitão General, de acordo com o Reverendo Bispo, para ser confirmado por esta Mesa, como é por Vossa Alteza Real decretado, que decidirá com tudo o que for mais justo.

Rio de Janeiro em 18 de maio de 1809.

Coroados é uma designação genérica, atribuída aos povos indígenas não Tupi, da família linguística macro-jê, que habitavam desde o Mato Grosso até o oeste de Santa Catarina, passando por São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro.

Esse nome lhes foi conferido por cortarem os cabelos no meio da cabeça, à maneira dos frades capuchinhos, conservando não mais do que uma calota de cabelos.

Tidos pelos agentes do governo colonial como desumanos e intratáveis, os Coroados são descritos pelo botânico francês Auguste Saint-Hilaire (Viagem pelas províncias do Rio de Janeiro e Minas Gerais. Belo Horizonte: Itatiaia, São Paulo: EDUSP, 1975. p. 30), que percorreu a região leste do Brasil na primeira metade do século XIX, como pertencendo:

“à tribo mais disforme da natureza encontrada durante a minha permanência no Brasil. Aos traços da raça americana, tão diferente da nossa, acresciam uma fealdade peculiar a sua nação: eram de estatura pequena; na sua cabeça, achatada em cima e de um tamanho enorme, mergulhava em largas espáduas; uma nudez quase completa deixava a descoberto sua repelente sujeira; longos cabelos negros caiam em desordem sobre os ombros; a pele de um escuro baço estava salpicada aqui e ali pelo urucu; percebia-se através de sua fisionomia algo de ignóbil, que não observei entre outros índios, e enfim, uma espécie de embaraço estúpido traía a ideia que eles próprios tinham de sua inferioridade. Esse conjunto verdadeiramente horrendo me impressionou muito mais do que esperava, e fez nascer em mim um sentimento de piedade e humilhação”

Fonte: http://www.historiacolonial.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=752&sid=97

Deixo de falar aqui de outros córregos de origem também histórica como, por exemplo, do RIBEIRÃO VERMELHO, por não estar bem a par das sangrentas cenas que, em tempos idos, se desenrolaram às suas margens e que, por isso mesmo, lhe valeram o nome que ainda hoje conserva, apesar de serem límpidas e cristalinas as suas águas, como são ordinariamente as de todas as nascentes que brotam das serras.

E este ribeirão de mais longo curso de toda a paróquia é também, entre todos, o que apresenta a maior queda dágua, junto à fazenda do cidadão Antônio Egydio, que dele soube aproveitar-se para por em movimento, se bem que por processos antigos, os importantes maquinismos que por ali se veem.

A CAPELA VELHA E CEMITÉRIO

(NOTA: Não consegui localizar onde seria esta Capela Velha e cemitério)

(…)Dentre as primeiras fazendas que então se fundaram na Várzea, nenhuma excedeu, ou melhor, nenhuma igualou a fazenda que, desde os seus princípios começou a ser conhecida por fazenda da Capela; isto em razão de seu proprietário, ou de motu próprio ou influenciado pelos Padres, ter edificado no vasto terreno uma capela.

Propriedade do piedoso cidadão Diogo da Rocha Bastos, que entre todos teve a luminosa ideia de consagrar a Deus a Capela. (…)Consagrada em  boa hora ao glorioso São José. Edificada a Capela, procedeu-se em seguida a bênção do cemitério, sito no vértice de uma formosa colina, quase a cavaleiro da fazenda e pouco distante da mesma.

(…) Com o correr dos anos, tendo crescido consideravelmente a população e sendo já insuficiente a área do terreiro para comportar os fiéis, principalmente por ocasião das festividades; VICENTE DA ROCHA, filho do piedoso fundador da Capela, já então falecido, e que então sucedendo-lhe na posse da fazenda, o sucedera também nos sentimentos religiosos; consultando mais aos interesses da religião do que aos próprios, deliberou manda-la para um local mais espaçoso e que melhor satisfizesse as aspirações do povo.

Obtida a competente licença por intermédio do vigário da Paróquia, auxiliado pelos devotos que a nada se pouparam para realização desta mudança, a todos útil e necessária; mudou-se dentro de pouco tempo para o local, que a todos se apresentou como mais adequado, a saber, para junto de cemitério, onde ainda hoje se vê, como uma piedosa relíquia daqueles tempos.

Por mais de meio século foi essa Capela aquém do velho Presídio e a caminho da serra do mesmo nome, a única que existiu naqueles sertões.

CRIAÇÃO DO DISTRITO POLICIAL

Dentre os numerosos patriotas que mais se esforçaram e meteram empenhos para a criação dos Distrito, medida essa de reconhecida necessidade, nenhum mais se distinguiu que o distinto cidadão Major Joaquim Veríssimo da Costa Lage, que a nada se poupou para satisfazer a justa aspiração de São Geraldo.

Releva aqui também lembrar-se de um outro cidadão que muito se esforçou para a realização desse grande melhoramento de reconhecida necessidade: O Sr. João Gregório Couto.

Criado o Distrito Policial, o primeiro que ocupou o cargo de Subdelegado de polícia foi o cidadão Antônio Gonçalves Machado que, reeleito várias vezes, atualmente ocupa ainda esse espinhoso cargo.

A primeira audiência em que funcionou como Subdelegado, sendo então escrivão Fidelis Mendes de Almeida, realizou-se em 24 de julho de 1884.

AVENTURA DE UM PADRE

Padre Dario reclama muitas vezes do povo da cidade que não frequentava a igreja como deveria. E conta um “caso” que achei tão engraçado que vou resumir aqui:

O Padre Theodoro Carolina, que  foi pároco de janeiro de 1891 a julho de 1894, recebeu um telegrama avisando que chegaria à cidade o Bispo de Angostura.

Apesar de não ter conhecimento desta cidade de Angostura, avisou aos fiéis, preparou um banquete e foram para a estação esperar o Bispo, com foguetes e música.

“O povo, estático, e com os olhos fitos nos carros, apesar de sua incontida curiosidade, aguardava com religioso silêncio o desembarque do bispo; quando vê, com o espanto que era de se esperar, assomar à porta do carro de primeira classe a figura exótica e caricata de um bem conhecido viajante, tendo sobreposta à cabeça uma enorme mitra de papel.”

O povo ficou enfurecido e o farsante precisou se esconder para não ser castigado.

Outro episódio com o mesmo padre:

Durante a missa alguns rapazes começaram a fazer algazarra na igreja e ele os repreendeu. Mais tarde o padre saiu e passando por uma loja ouviu um dos rapazes o ofendendo, aproximou-se para ver quem era e um dos rapazes, que estava armado, lhe deu dois tiros, que não o feriram.

Ele foi preso e o padre intercedeu para que fosse solto, mas lhe disse: – Com esta mesma arma você vai se matar um dia!

O rapaz ficou impressionado e acabou dando a arma para outra pessoa. Dez anos depois ele ouviu um tumulto na porta de sua casa e, quando saiu para ver o que era, recebeu dois tiros que o mataram e a arma era a mesma que tinha atirado no padre! Histórias…

Outra história de Padre, mas esta foi a Tia Ena que me contou quando estávamos organizando estas fotos da família:

Monsenhor Lellis era muito bravo e muito amigo da família. Uma vez fez alguma coisa que o bispo não gostou e ordenou que ele tirasse a batina e se afastasse das celebrações.

Então ele arranjou uma tropa de burros e foi vender panelas de pedra pelos caminhos. Chegou a Mariana, onde era o bispado, e ofereceu para o bispo. Este então lhe disse:

– Lellis, meu filho, volta pra casa e veste de novo a batina!

A igreja tinha bancos cativos de algumas famílias. Se alguém se assentasse em um banco que não era seu, ele fazia um estardalhaço para que a pessoa saísse!

padre Lelis g

Padre Lellis – Dedicatória: A Exma Sra. D. Juju e Exmo. Sr. Cel. Luiz da Motta gratidão 1923

Nascido em 13 de novembro de 1847

Tornado padre em 5 de maio de 1872

padre

COMO ERA SÃO GERALDO EM 1918

Existiam 28 casas de negócios, armazéns e lojas. Duas farmácias, alfaiatarias e sapatarias, além da tipografia que imprimiu o livro do Padre Dário Schettini. Um médico, Dr. José Barreto, os farmacêuticos Capitão Álvaro Giesta  e o Capitão Pedro de Abreu.

Uma banda de música e o Cinema. Além de um posto telefônico.

banda

Lembrança de “Euterpe 15 de Novembro” ao seu Benfeitor Exmo.Sr. Cel Luiz da Motta.

Jornal 1

Jornal de São Geraldo

O Jornal o Liberal em 1925, não sei se em 1918 ele já existia, creio que não porque o padre Dário não menciona.

Praça cel Luiz da Motta

Praça Cel. Luiz da Motta

chegando na praça

Rua 21 de abril chegando na Praça central da cidade

Carnaval não sei a rua

Carnaval, não sei qual é a rua

carnaval 1931

Primeira comunhão em 1955 – Padre Orozimbo – Os dois meninos a direita são Antonio Carlos Roxo da Motta, de roupa escura e Luiz Augusto Roxo da Motta de branco.
Não sei o nome do padre, ao lado dele minha tia Alzira Casulari, ao microfone o Rogerinho, Luis Augusto está no final da fila do meio. Atrás dele Dona Mariquinha, sua avó paterna
Construção da nova igreja de São Geraldo – Construtor Chico Machado
Construção da nova igreja